No último dia desta viagem, Zhejiang resolveu brindar-nos com uma abrupta descida de temperatura acompanhada por chuva abundante. O senhor Wang, habitualmente tão amigo de carregar no acelerador, viu-se obrigado a dominar os impulsos de piloto de corrida e com uma calma forçada fizemos o caminho entre Yuyao e Hangzhou.
À semelhança desta nossa deslocação até à capital de Zhejiang, também os restantes jornalistas da CRI, por volta da mesma hora, deixavam as suas respectivas vilas ao fim de três dias a aprender e viver a rotina do chá. Como uma peregrinação de regresso à realidade urbana, apontámos para o centro de Hangzhou e, depois de conquistarmos o pára-arranca do trânsito da cidade, alcançámos o nosso objectivo.
O reencontro entre todos foi temperado por histórias de todas as coisas vividas nos dias anteriores. Foram comparadas instalações (invariavelmente confortáveis), anfitriões (todos jurando que o seu só poderia ser o melhor anfitrião de todos) e o domínio do processo de produção do chá.
No centro da praça, definido como local de encontro, erguia-se o palco onde se desenrolaria o grande final desta semana de promoção do chá da província. O entusiasmo era palpável e nem o frio esmoreceu o empenho com que bonitas raparigas deram início ao desfile de roupas inspiradas no tema do chá. A multidão de curiosos naturalmente adensou-se e as performances seguiram-se umas às outras, num bonito momento de celebração.
A Rádio Internacional da China teve também o seu momento de destaque e, quando a chuva começava a cair de novo, depois de ter acalmado durante uns tempos, os anfitriões das nossas estadias subiram ao palco para partilhar as suas experiências de convívio com os diferentes jornalistas, opiniões que, naturalmente, espelhavam o que do outro lado também tinha sido sentido e eram extremamente positivas. Para reforçá-lo, foram entregues certificados de amizade e bonitas peças de roupa feitas especialmente para dar de presente pela nossa passagem pela cidade.
E neste espírito de partilha, fugimos do frio e partimos da praça em direcção ao abrigo proporcionado pelo restaurante onde tínhamos almoço à nossa espera. Nada como uma farta mesa para solidificar amizades. Na recta final da nossa estadia, nem o inesperado frio arrefeceu o caloroso acolhimento que sentimos por parte das pessoas da região. Quanto ao frio, não representava desafio de maior, já que tínhamos o antídoto ideal para o combater: um copo de delicioso chá bem quente...