Vila antiga de Longchuan
Em nosso terceiro dia de viagem pela Província de Anhui, no leste da China, deixamos a cidade de Huangshan logo pela manhã. Nosso destino, a pequena vila de Longchuan, no distrito de Jixi, cidade de Xuancheng
A Vila de Longchuan é cortada por um rio que leva o mesmo nome, que em chinês significa Rio do Dragão. Aqui viveram por muitos anos os ancestrais do ex-presidente chinês Hu Jintao. Há inclusive na aldeia um grande pavilhão memorial em homenagem à família Hu. É a maior construção da aldeia e abriga várias esculturas e quadros talhados em madeira. Podemos encontrar, inclusive, a árvore genealógica do ex-líder chinês. O curioso é que o próprio Hu Jintao nunca visitou o local.
Outra peculiaridade deste vilarejo, criado há 1600 anos, é seu formato. Visto de cima, o local lembra a figura de um barco. Dizem que foi assim construído para trazer prosperidade, já que a embarcação simboliza um caminho sempre para frente. Na rua principal, que margeia o rio dos dois lados, encontram-se arcos, jardins de bambu, alguns pavilhões e lojas, principalmente de artesanato local.
Nosso almoço foi na própria vila Longchuan. Num restaurante muito simples, pude provar algumas iguarias da região que nunca havia comido antes. A mais peculiar, sem dúvida, foi a carne de tartaruga. Mas o prato quere mais gostei foi um prato de arroz típico do local: o Xiaomi Fen, ou pequeno arroz. O arroz moído faz com que a comida se pareça muito com o pirão, que no Brasil fazemos com farinha. Realmente delicioso!!
Após o almoço, ainda em Longchuan, visitamos a casa do antigo ministro da Defesa, Hu Zongxian. A construção impressiona pelo estado de conservação e também pela arquitetura típica.
Terminada a passagem pela casa, deixamos a vila e paramos em uma fábrica de esculturas de madeira. Desde quadros, até móveis e figuras de animais. Me impressionou a riqueza de detalhes. Segundo o diretor do local, alguns quadros mais simples podem levar quatro meses para ficarem prontos. Os maiores e mais cheios de detalhes, até dois anos! Não é para menos que podem custar até 300 mil yuans.
Nossa última parada do dia foi uma fábrica de tinta. Pudemos testemunhar os trabalhadores processando o carvão para enformar e transformar em tabletes de tinta.
Amanhã seguimos viagem!