Por Estadão de S. Paulo
A China concluiu nesta quinta-feira,15, sua mais ampla transição de poder em uma década, com a escolha de Xi Jinping para a chefia do Partido Comunista, a mais importante posição na hierarquia de comando do país. O novo dirigente também assumiu a direção das Forças Amadas, o que fortalece sua posição para enfrentar os problemas diante da organização, entre os quais destacou a corrupção.
Os novos integrantes do órgão de cúpula do partido - o Comitê Permanente do Politburo - apareceram diante da imprensa às 11h55 de hoje em Pequim (1h55, horário de Brasília). Xi Jinping, 59, comandará a nova geração de líderes ao lado de Li Keqiang, 57. Ambos dividirão o poder com os demais cinco integrantes do Comitê Permanente: Zhang Dejiang, 65, Yu Zhengsheng, 67, Liu Yunshan, 65, Wang Qishan, 64, e Zhang Gaoli, 65.
No discurso que realizou depois da apresentação do grupo, Xi Jinping afirmou que o Partido Comunista é o grande responsável pela "renovação" da nação chinesa depois das dificuldades e turbulências enfrentadas no período moderno - quando o país foi ocupado por potências estrangeiras e dividido pela guerra civil.
Mas ele ressaltou que a organização está diante de "severos desafios", entre os quais destacou a "corrupção" e o "recebimento de propinas" por seus dirigentes, muitos dos quais estão "fora do alcance" da população.
"Nossa responsabilidade é trabalhar com cada camarada do partido para assegurar que o partido supervisione sua própria conduta e imponha estrita disciplina", declarou em discurso transmitido ao vivo pela TV estatal.
No discurso, Xi Jinping também deu destaque a questões de caráter social que estão no topo das preocupações dos chineses, ao lado da corrupção. Em uma lista das aspirações da população, ele mencionou a necessidade de melhoria nas seguintes áreas: educação, emprego, seguridade social, assistência médica, moradia e meio ambiente.