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Do intercâmbio ao comércio
  2012-11-08 10:48:28  cri

Nos últimos anos, os EUA têm controlado entre 60% a 80% da programação da rádio e televisão, e dois terços do mercado de cinema no mundo. Em comparação com os EUA, a indústria cultural da China está muito atrasada, ainda numa fase inicial. O diretor do Departamento da Indústria Cultural do Ministério da Cultura, Liu Yuzhu, apontou:

"A indústria cultural chinesa ainda está numa fase inicial de desenvolvimento. Falta experiência de marketing, e os produtos e serviços culturais de produção interna têm pouca influência no mercado externo. Agora, o volume total da economia chinesa ocupa 9% no todo mundial, porém, o da indústria cultural, apenas 4%, revelando um grande desequilíbrio. Aliás, faltam marcas de influência global e as nossas empresas não não conseguem enfrentar a concorrência internacional. Temos muito trabalho para fazer."

Desde há muito tempo, o intercâmbio cultural da China com o exterior tem se limitado ao nível governamental. Embora com algum destaque para a difusão da cultura chinesa, essa forma monótona não consegue atender às exigências da demanda contemporânea, resultado do aprofundamento da reforma e abertura. Sobre essa questão, a diretora do Departamento da Comunicação do Ministério da Cultura da China, Hou Xianghua, dá a sua opinião:

"Devemos desenvolver em simultâneo o intercâmbio e o comércio cultural. Devemos promover a cultura fora do mercado nacional, aproveitando os canais comerciais e o funcionamento do mercado. Através da apresentação dos produtos, serviços e das empresas culturais de nível global, podemos revelar a imagem da China moderna e os resultados do desenvolvimento econômico do país."

Para promover o avanço da cultura para o público externo, o Ministério da Cultura lançou a estratégia de criar bases nacionais de comércio cultural no exterior. Em 18 de Novembro de 2011, a primeira base nacional foi criada na zona franca Waigaoqiao em Shanghai. Até ao momento, existem mais de 80 empresas estacionadas nesta base, com um capital registrado de US$180 milhões. O presidente da Companhia Dongfang Huiwen de Shanghai, a operadora da base, Ren Yibiao, apresentou as principais políticas e condições preferenciais para as empresas na base:

"A base está instalada na zona franca. Aqui, pode-se fazer o reembolso das taxas de exportação para os produtos exportados e o adiamento de entrega de impostos alfandegários para os produtos importados. Além de funcionar como zona franca, temos também outras medidas vantajosas, por exemplo, um fundo exclusivo anual de 50 milhões de yuans para incentivar as empresas culturais. Aliás, as empresas ainda gozam de políticas preferenciais nos impostos, aluguer, etc."

As empresas na base de Shanghai estão relacionadas com áreas diversas: cinema, edição, jogos, apresentações de palco, pintura, comunicação, escultura, animação, entre outras. A operadora da base é responsável por fornecer diferentes serviços para ajudar a "saída das empresas para o mercado internacional", tais como, organizar a participação em exposições no exterior, procurar clientes estrangeiros e subsidiar as empresas em exibições no estrangeiro.

Em 2011, as empresas da primeira base nacional direcionada para o comércio cultural, para o exterior, geraram o volume total de US$80 milhões em importação e exportação, e arrecadaram US$16 milhões em impostos. Estimulada pelos efeitos notáveis em Shanghai, a segunda base nacional foi criada em Beijing, em Março de 2012. Segundo o planeamento do Ministério da Cultura, o país irá criar uma série de bases nacionais dedicadas ao comércio cultural, para o mercado externo.

Incentivado por várias políticas e medidas, nos últimos anos, o comércio cultural proveniente da China registrou um desenvolvimento rápido. Desde 2006 a 2010, o volume de importação e exportação dos produtos culturais chineses aumentou de US$10,21 para US$14,39 bilhões, um crescimento anual de 9%. Enquanto os serviços culturais registraram um crescimento anual de 19,5% - de US$2,66 bilhões para 5,42 bilhões. Ainda assim, a assistente do ministro do Comércio, Qiu Hong, reconheceu que o comércio cultural da China ainda está numa fase inicial de desenvolvimento.

"Comparando com o papel da China na política e economia internacional, e com o fascínio da imensa cultura chinesa, o comércio cultural do nosso país ainda está numa fase inicial de desenvolvimento. É preciso ampliar a dimensão do comércio e melhorar a qualidade dos produtos e serviços. Temos que formar nossas próprias marcas culturais com influência internacional. A tarefa de promover o comércio cultural é díficil e para ser executada a longo prazo."

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