por estadao.com.br
O Partido Comunista da China realiza em menos de duas semanas o congresso que definirá a mais ampla mudança no comando do país em uma década. A identidade da maioria dos futuros dirigentes já é conhecida, mas há dúvidas quanto à disposição e ao espaço que terão para as reformas consideradas necessárias para manter o crescimento da segunda maior economia do mundo e a sobrevivência do regime no longo prazo.
Há uma crescente pressão por mudanças nos campos político e econômico, mas existe resistência poderosa de setores conservadores e de grupos de interesse, como as empresas estatais, cujos domínios se ampliaram em anos recentes.
O modelo de crescimento com base nas exportações e maciços investimentos dá sinais de esgotamento, refletido na desaceleração do PIB, que deve fechar o ano com alta ao redor de 7,4%, a menor desde 1990. Reformistas afirmam que o governo deve ampliar o espaço do setor privado e abrir setores hoje monopolizados pelas estatais para dinamizar o crescimento.