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China procura equilíbrio entre crescimento econômico e proteção ambiental
  2012-09-06 16:12:14  cri

O slogan "A Humanidade sempre conquista a natureza" era popular na China. Mas com o desenvolvimento da comunidade, o país oriental reconhece que deve respeitar as regras naturais e do desenvolvimento social, para realizar um desenvolvimento sustentável em harmonia com a natureza.

Durante as últimas décadas, período de rápida industrialização, ocorreram vários desastres ecológicos provocados pela poluição. O grave acidente ambiental no Rio Huaihe, em 1994, provocou uma faixa poluída de 70 quilômetros e uma perda econômica direta de mais de um bilhão de yuans.

Após esse acidente, o governo chinês lançou as primeiras normas regionais do país: as Regras Temporárias sobre Prevenção e Tratamento da Poluição no Rio Huaihe. Mais de 3800 pequenas fábricas de transformação de couro, indústrias químicas, de produção de papel e outros 12 tipos foram fechadas. No entanto, o tratamento da poluição no Rio Huaihe foi mais difícil do que se imaginava. Os problemas ambientais que ocorreram nos países ocidentais devido ao processo de 200 anos de industrialização, começaram a surgir na China, num período bem mais curto. Com uma coleção de problemas, a situação ficou mais complicada no país, dificultando a proteção ambiental.

Na 6ª Conferência de Proteção Ambiental em 2006, o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, ressaltou que durante o 10º Plano Quinquenal (2001-2005), as metas de proteção ambiental não foram atingidas. O objetivo era reduzir a emissão de dióxido de enxofre e a demanda química de oxigênio (COD, na sigla em inglês) em 10%. Mas de fato, a emissão de dióxido de enxofre aumentou 27% em 2005, comparando com 2000, e a COD diminuiu apenas 2%. O dano ecológico e a poluição ambiental provocaram uma grande perda econômica e ameaçaram a vida e saúde do povo, chamando atenção de todo país.

O Conselho de Estado publicou o Programa Abrangente para a Economia de Energia e Redução de Emissão em 2007. Segundo o documento, as pequenas unidades geradoras de energia térmica, com capacidade de 70 bilhões de quilowatts/hora, foram eliminadas entre os anos de 2006 e 2011. Como comparação, seria o equivalente ao volume total do setor no Reino Unido.

Para a indústria termoelétrica, esta ação gerou uma grande crise. Além disso, o aumento do preço do carvão e a crise comercial internacional deixaram as empresas do setor numa situação ainda pior. Como resultado, elas começaram a pensar em transformação. O presidente da Corporação Guodian da China, Zhu Yongpeng, fez uma análise da situação:

"Em primeiro lugar, nós enfrentamos desafios. Para sobreviver, temos que mudar. Segundo, os recursos de carvão, que podem ser utilizados na geração de energia, têm capacidade para atender a demanda por apenas 60 anos. Isto nos força a mudar. Terceiro, devemos prestar mais atenção à proteção ambiental. Todo mundo se preocupa com as mudanças atmosféricas, e metade da emissão de dióxido de carbono vem da indústria de geração de energia. A melhora no setor contribui para a proteção do meio-ambiente no país."

Durante um longo período, as fábricas queimavam os gases residuais industriais como forma de tratamento, liberando diretamente a fumaça no ar. No entanto, este método era um grande desperdício de energia e também prejudicava o meio-ambiente. Para mudar a situação, o Sunpower Group, uma empresa de proteção ambiental de Nanjing, capital da província de Jiangsu, inventou um sistema de isolamento com água. O sistema pode selar os gases residuais industriais num recipiente para separá-los. Os diferentes combustíveis gerados são transmitidos para uma caldeira com máquinas de dessulfuração e desnitrificação para queimar. Isto não só resolve a questão da poluição, como também utiliza os gases residuais industriais como energia. A Empresa Petroquímica de Yangzi da Sinopec, também localizada em Nanjing, comprou esse sistema e fechou seis caldeiras. Atualmente, esse método traz uma economia de 264 milhões de yuans por ano para a empresa.

O presidente do Sunpower Group, Guo Hongxin, explicou sobre essa ideia inovadora:

"Nosso desenvolvimento de tecnologia e inovação é reconhecido pela comunidade. Um exemplo é nossa ideia de proteção ambiental beneficial, a ideia de poupar energia e água. Os clientes podem gastar a mesma quantidade de dinheiro e receber mais benefícios. Devido a essa nova tecnologia, o Sunpower Group realizou um crescimento anual de 20% desde 2008. Naquele ano da crise comercial internacional, nós crescemos 49%. Tudo resultado da inovação e transformação tecnológica."

A China deixou de dar mais importância ao crescimento econômico que à proteção ambiental e passou a procurar o equilíbrio. O país está insistindo no seu caminho de buscar a harmonia entre humanidade e natureza. Durante o 11º Plano Quinquenal (2006-2010), o país obteve grandes êxitos na redução da emissão e na economia de energia. A China cresceu em média 11,2% ao ano, com um aumento de consumo da energia de 6,6%. Durante o 12º Plano Quinquenal (2011-2015), o país asiático pretende investir 2,3 trilhões de yuans nos principais projetos para reduzir a emissão de gases e o consumo de energia.

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