Shin permaneceu sentada na pista enquanto seu time fazia o protesto oficial sobre a vitória arbitrada para Heidemann.
Os oficiais deram a vitória à campeã olímpica alemã, gerando uma discussão envolvendo técnicos e preparadores físicos a respeito da contagem de tempo extra, quando ficou decidido que a alemã havia pontuado um acerto após o empate de 5 a 5.
Se Heidemann não tivesse acertado Shin, a sul-coreana seria vitoriosa devido ao sorteio de prorrogação, que define a prioridade da vitória no caso de empate.
A situação é inédita para o esporte nos Jogos Olímpicos.
A organização dos Jogos pediu paciência à plateia enquanto o protesto oficial fosse recebido e discutido.
Sobre a regra de contagem de tempo na esgrima, a alemã afirmou que "em todas as vezes em que há um acerto, o relógio sempre volta um segundo. Já tive experiências com isso que foram maléficas para mim e agora estou feliz com esta decisão. Toda a discussão foi desnecessária."
Já Ricardo Machado, vice-presidente da Confederação Brasileira de Esgrima, negou a possibilidade de imprecisão dos cronômetros utilizados no esporte. "Se o toque for ao mesmo tempo em que o cronômetro zera, o toque não é válido. Bloqueia o aparelho. Se o toque aconteceu, não estava no zero. O equipamento é muito confiável e preciso. Se houve a marcação do toque, ele ocorreu antes do término", disse.
Após toda a polêmica, com mais de uma hora de atraso, a sul-coreana disputou imediatamente após deixar a pista o bronze contra chinesa Sun Yujie, e perdeu a medalha.
A alemã Britta Heidemann disputou a final com a ucraniana Yana Shemyakina, mas perdeu por 9 a 8, ficando com a prata.
por folha.uol.com.br