"A Europa é pioneira em 'economia verde', indústria ecológica, modelo de desenvolvimento e inovação tecnológica, tendo grandes vantagens em termos de indústria ecológica, planejamento e governabilidade de 'economia verde'e experiências de controle global."
Hoje em dia, quando o "desenvolvimento verde" de baixo consumo de carbono é uma tendência global, a China também se empenha em estimular a promoção social das tecnologias e produtos modernos e econômicos, promovendo o conceito de "consumo verde" para impulsionar o regulamento da estrutura econômica e a transformação da indústria. No entanto, por causa das limitações de tecnologia e desenvolvimento, a China ainda encara muitas dificuldades ao desenvolver a "economia verde". Zhao afirmou que o país pode aprender e usar como referência as experiências da Europa no seu processo de desenvolvimento da sustentabilidade e, baseando-se nas inovações, introduzir um modelo de "economia verde" com características tipicamente chinesas.
É verdadeiramente necessário para a China aprender com as experiências europeias modernas. Primeiro, o país pode usar como referência o modelo europeu de desenvolvimento de "economia verde". Nesse momento já se menciona solicitações desse modelo no 12º Plano Quinquenal Chinês – como, por exemplo, como tratar da poluição ambiental e, ao mesmo tempo, desenvolver a indústria ecológica; como incentivar o desenvolvimento e aplicação de novas energias em tempos de escassez; como integrar conceitos como economia de energia e diminuição de emissões. Segundo, no processo de concretização do modelo de desenvolvimento de "economia verde", a UE tem um sistema completo de legislação que garante sua eficiência e alta flexibilidade de operação. Atualmente, a China está no processo de pós-industrialização e não pode seguir completamente o caminho europeu de desenvolvimento. Precisa combinar o caminho de desenvolvimento com características chinesas com o modelo de "economia verde" e as experiências de desenvolvimento da Europa. A China é um país de grande população onde é grave a situação da degradação ambiental. A estipulação e deliberação de leis acerca do tema deve ser mais rigorosa..
Este ano foram iniciados tanto o 12º Plano Quinquenal da China, como as Estratégias Europeias 2020. A China e a Europa fixam o seu próprio planejamento de desenvolvimento a longo prazo na concretização do "desenvolvimento verde" e sustentável. Na cimeira de Parceria de Urbanização sino-europeia, que aconteceu em maio, o vice-primeiro-ministro chinês Li Keqiang apontou que a grande potencialidade da cooperação energética entre a China e a Europa consiste em urbanização, novas energias, economia de energia e proteção ambiental. Também salientou que deve ser completa a cooperação entre a China e a Europa na área de "economia verde". Zhao afirmou que os projetos cooperativos que já foram iniciados por China e Europa podem avançar e aprofundar a parceria estratégica sino-europeia. A cooperação entre os dois na área de sustentabilidade econômica vai obter um grande sucesso.
Já está em curso positivo e rapidamente desenvolvido a "cooperação verde" entre a China e a Europa. Ambos os lados já estabeleceram uma ampla plataforma de parceria e realizaram alguns projetos atraentes através da assinatura de documentos e de legislação. A China e a Alemanha fundaram um jardim ecológico na cidade chinesa de Qingdao. O projeto de pesquisa e desenvolvimento de bicicletas eletrônicas, carros eletrônicos e carros híbridos, em parceria entre o Ministério de Ciência e Tecnologia da China e o Departamento de Educação e Pesquisa da Federação Alemã, já tem um laboratório conjunto em Beijing e Shanghai. De qualquer maneira, os membros da UE têm uma cooperação bastante forte com a China em áreas como energias renováveis, silício policristalino, energia eólica e energia nuclear.
O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, indicou, em discurso durante visita à Europa no mês de abril, que deve ser respeitada a autonomia de desenvolvimento sustentável de cada nação e alargados os direitos de expressão dos países em desenvolvimento no mecanismo de controle global de desenvolvimento sustentável, ao invés do estabelecimento de "barreiras verdes". Em março do ano passado, a UE aprovou a cobrança de uma taxa sobre a emissão de carbono do setor aéreo, onerando mais de 4.000 companhias que têm linhas aéreas europeias no negócio. Países como a China, os Estados Unidos, a Rússia e a Índia resistiram à cobrança. Zhao diz que a UE está exercendo o protecionismo em nome da economia de energia e proteção ambiental.
A imposição de barreiras verdes nas disputas comerciais é uma estratégia usual da UE. Com a estagnação econômica do bloco europeu, a UE tem carência de capital para investir em inovações tecnológicas. Nos últimos anos, embora tenha crescido muito rapidamente o comércio entre a China e a UE - sobretudo no ano passado, quando atingiu um recorde histórico - são muitos os casos de antidumping europeu contra a China. Alguns anos atrás, a UE promulgou as normas da produção da indústria química, exigindo que todo o mundo as respeitasse, caso contrário, aplicaria o antidumping. A UE concorre com a China na "guerra dos comércios" sem "armas visíveis", recorrendo ao chamado soft power.
Zhao disse que os impactos negativos das "barreiras verdes" devem ser maiores do que os positivos. No cenário em que a crise de dívida europeia é cada vez mais grave, é importante combinar eficazmente as tecnologias avançadas europeias com o enorme mercado chinês e aprofundar constantemente a cooperação de economia de energia e proteção ambiental na área de comércio e negócios bilaterais. Em vez de estabelecer "barreiras verdes", a China e a UE podem obter benefícios recíprocos em interesses comuns.