A Siemens anunciou o investimento de US$ 1 bilhão para ampliar operações comerciais no Brasil, com ênfase na produção de equipamentos energéticos e no projeto de pesquisa e desenvolvimento de novas energias, de acordo com o membro da Comissão de Administração Global da empresa, Peter Solmssen.
O Brasil já desenvolve uma estrutura energética composta principalmente de novas energias. Durante muito tempo, o país foi chamado de "pobre em petróleo e gás natural". Para se livrar da limitação imposta pela baixa oferta desses combustíveis, o Brasil começou a reforçar o apoio à indústria de energia renovável desde a década de 1970.
O território brasileiro possui uma cobertura florestal de 57%, 18% dos recursos de água doce do mundo, diversos recursos minerais e condições climáticas favoráveis, o que ajudou a diversificação da estrutura energética do país. A hidreletricidade e o etanol de cana são parte importante do setor de energia do Brasil.
Segundo o relatório anual de 2008 do Ministério de Minas e Energia, o consumo de energia foi composto por gasolina e produtos derivados (37,3%), gás natural (10,2%), carvão (5,7%), energia nuclear (1,5%), hidreletricidade (13,9%) e bioenergia (31,5%). A aplicação de energia renovável ocupa 45,4% do consumo total, mais alto que a média mundial de 6,7% nesse ano e mais alto também que a média da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, de 12,9%.
Com o sucesso do "modo brasileiro" de desenvolvimento integrado de bioenergia e hidreletricidade, mais e mais "gigantes" de produção de equipamentos de energia tratam o Brasil como destino de investimento. O país já vem se tornando um centro mundial importante de pesquisa e produção energética.