Com a ajuda do Governo Central, a província de Guizhou, no sudoeste da China, pretende melhorar o nível social até o ano de 2020. A intenção é se enquadrar no padrão chinês. Para isso, a região, que abriga cerca de 37 milhões de habitantes, está em pleno processo de mudança do modelo de desenvolvimento.
Por causa do terreno montanhoso, o local nunca foi propício à agricultura e tinha na mineração sua principal atividade. Porém, a pobreza extrema dos camponeses e o crescente desmatamento levaram o Governo e a administração da Província a tomar uma atitude: passar a explorar mais os setores de indústria, serviços e turismo.
Segundo o economista-chefe da Comissão de desenvolvimento e Reforma da Província de Guizhou, Zhang Ping, a média anual de rendimento por pessoa nas zonas urbanas é de 14.142 RMB. Enquanto nas zonas rurais, é de apenas 3.472 RMB. Em entrevista a nossos repórteres que participam da cobertura dos 90 anos do Partido Comunista da China, Ping disse que uma das medidas a ser tomada é levar os camponeses para trabalhar nas cidades, principalmente na construção civil. Cerca de cinco milhões de pessoas recebem menos de 1.196 RMB ao ano. Estas devem receber ajuda direta do Governo Central.
Essas medidas devem assegurar ainda a proteção do meio ambiente. Isso porque, atrás de encontrar minérios, muitos acabavam destruindo os morros da região. Para manter os 40,5% de vegetação nativa que ainda restam na Província, o desmatamento foi restrito em algumas áreas e completamente proibido em outras. Assim, a região, já famosa pelo chamado "turismo vermelho", conserva mais uma atração para atrair o público.