No dia 31 de maio de 2008, 20 dias depois do grande terremoto que abalou Wenchuan, na província de Sichuan, oeste da China, um bebê nasceu no hospital de campanha sino-alemão na cidade de Dujiangyan, graças aos esforços e cuidados conjuntos de médicos chineses e alemães. Os pais deram o nome Zhongde ao filho para homenagear os profissionais das duas nações e lembrar o menino da experiência especial. Em chinês, Zhong simboliza China enquanto De, Alemanha. Passados três anos, como é a vida de Zhongde e da família dele?No programa de hoje, vamos visitá-lo em Dujiangyan.
A casa da família de Zhongde foi destruída durante o terremoto de 2008. Agora, ele e os pais moram no bairro Yijie, no distrito Puyang da cidade de Dujiangyan. Antes do sismo, o local era uma área rural. Graças ao design da Universidade de Tongji e da assistência de Shanghai, foi transformado em uma comunidade que ocupa cinco quilômetros quadrados. Conta com casas populares, biblioteca, centro cultural, hospital, escola e creche. As instalações de infra-estrutura bem equipadas facilitam muito a vida dos moradores.
Além de ter casas novas e bonitas, o bairro é bem arborizado. Flores brancas de magnólia brotam no jardim do condomínio. Falando sobre a nova casa, a mãe de Zhongde, Zhang Yan fica muito satisfeita:
"As condições daqui são muito melhores do que tínhamos antes. O transporte também é fácil. Antigamente, precisávamos caminhar muito para pegar o ônibus. Agora, a creche fica justamente no bairro e dispõe de recursos melhores de ensino e educação. Isso ajuda muito para o crescimento do meu filho."
Ao lado do bairro, o rio Puyang corre tranquilamente. Às margens, o governo local planeja construir um jardim. A relva está sendo pavimentada. Segundo Zhang Yan, o passeio ao longo do rio depois do jantar é a coisa mais confortável do dia.
Segundo o governo de Dujiangyan, cada pessoa que perdeu o terreno ou casa durante o terremoto pode receber um novo lar de 35 metros quadrados e uma loja de 8 metros quadrados. A família de Zhongde, que é composta por cinco pessoas, goza de dois apartamentos e uma loja de 40 metros quadrados. Seus avós moram agora num apartamento de 72 metros quadrados. Por enquanto, eles vivem junto com os pais de Zhongde, já que o outro apartamento de 105 metros quadrados está em fase de acabamento. O pai de Zhongde, Fang Xu, trabalha na área de revestimento. Ele fez quase todos os revestimentos da casa. Quanto ao novo apartamento, Fang Xu tem seus planos:
"Gostaria de colocar uma escada na sala de visita. Lá em cima, está o dormitório. Na sua frente, é uma grande varanda que tem mais de dez metros quadrados. Queria cultivar flores e legumes lá."
Zhongde tem três anos e vai para a creche no segundo semestre do ano. É uma criança muito ativa. Gosta de ver televisão e aprender a cantar com a mãe.
Para os pais do Zhongde, é muito bom acompanhar o crescimento saudável do filho. Relembrando a tragédia há três anos, a mãe fica muito emocionada:
"Nunca imaginávamos que a vida agora seria tão boa. Naquele tempo, estava grávida do Zhongde e ao ver os escombros por todo o lado, fiquei estremecida. Os novos apartamentos são mais resistentes e bonitos."
Os vizinhos da antiga aldeia de Fang Xu estão morando todos no bairro Yijie. O que é bom para que cuidem um do outro. Segundo a secretária adjunta do bairro, Wang Li, todos os moradores perderam o lar durante o terremoto. Por isso, o comitê presta muita atenção a saúde e a vida deles.
"Visitamos as famílias uma por uma. Levamos os idosos a passeios durante a primavera. Queremos que eles se recuperam rapidamente e se adaptem à nova vida."
Depois do terremoto, cada pessoa recebeu um subsídio de 50 mil yuans. Segundo o casal Fang Xu, as sombras do terremoto estão se apagando e a vida está retornando à normalidade. O filho é a esperança deles. Quando estiver mais crescido, os pais vão contar as experiências e emoções que viveram durante o terremoto para inspirar a coragem e valorizar a vida.