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"Juntos, podemos fazer melhor e mais!"---- Relações comerciais entre China e Brasil são de benefício mútuo
  2011-04-13 14:52:31  cri

Dez anos atrás ou até mesmo antes, a impressão do povo chinês sobre o Brasil limitava-se a futebol, samba e café. De fato, naquele período, as relações comerciais entre os dois países já começavam a se desenvolver. Em 2001, o valor do comércio entre China e Brasil atingiu US$ 3,69 bilhões, ou seja, 211 vezes o valor em 1974, quando as relações diplomáticas entre os dois países foram estabelecidas. Desse total, as importações chinesas do Brasil foram de US$ 2,347 bilhões e as exportações ao Brasil somaram US$ 1,35 bilhão. Em 2010, este valor bateu o recorde e chegou a US$ 62,55 bilhões. Desse valor, as exportações chinesas foram de US$ 24,46 bilhões e as importações, de US$ 38,09 bilhões. Sem dúvida, o crescente intercâmbio econômico estreitou a relação entre China e Brasil.

A China Minmetals Corporation é uma companhia de metais e minérios. Na década de 1980, a Minmetals foi uma das primeiras empresas chinesas a operarem no mercado brasileiro ao estabeler seu escritório representativo no Rio de Janeiro. No início, a Minmetals trabalhava com minérios de ferro do Brasil. Mais tarde, com a elevação do nível dos equipamentos chineses, marcas chinesas de produtos siderúrgicos chegaram ao Brasil. Em 2005, a Minmetals ganhou o contrato de exportação de equipamentos siderúrgicos para a Gerdau Açominas do Brasil, cujo valor total foi de US$ 300 milhões, registrando a primeira atividade de exportação de equipamentos pesados chineses para a América Latina. Era também o contrato de maior valor no setor siderúrgico na época. Gao Mingxia participou da negociação e execução do contrato. Ela disse a CRI:

"A Minmetals assinou o contrato de fornecimento de alto forno com capacidade de 1,5 milhões de toneladas por ano para a Gerdau Açominas do Brail. Era a primeira vez que a empresa chinesa exportava equipamentos siderúrgicos para a América Latina. Hoje a obra já foi terminada e aprovada. O sucesso desta obra também lançou a nossa boa fama na América do Sul. Em 2007, ganhamos outro contrato de fornecimento de coqueria com capacidade de 750 mil toneladas por ano para a Usiminas. Atualmente, esta obra é bem executada e está em fase de teste final. Os proprietários brasileiros estão satisfeitos tanto na qualidade dos equipamentos como na supervisão técnica."

A Petrobrás é a maior empresa do Brasil e está entre as três maiores empresas de energia no mundo. Em janeiro de 2011, o valor total da Petrobrás chegou a US$ 228 bilhões. O escritório representativo da empresa em Beijing foi aberto em maio de 2004. O então presidente brasileiro Lula participou da inauguração. Em seis anos, a Petrobrás saiu do anonimato dos chineses e hoje conta com vendas na China que passam dos US$ 2 bilhões. Tânia Teng foi a primeira funcionária chinesa na Petrobrás da China a testemunhar o grande desenvolvimento.

"O escritório representativo da Petrobrás em Beijing foi fundado em maio de 2004. No início tínhamos pequenos negócios e pouca fama. No mercado chinês, quase ninguém conhecia a Petrobrás. Nos últimos anos, o mundo tem se preocupado com a falta de petróleo e a China tem precisado cada vez mais desse recurso. Em 2005, a Petrobrás da China vendeu 6 milhões de barris de um tipo de petróleo bruto no valor total de US$ 300 milhões. Em 2008 e 2009, o preço do petróleo aumentou muito. As nossas vendas também cresceram. Agora vendemos cinco tipos de petróleo e temos vários clientes de longo prazo. Em 2009, as vendas da Petrobrás da China chegaram a US$ 2 bilhões. Em 2010, a Petrobrás assinou um contrato com Sinopec e Banco de Desenvolvimento da China, no qual o último financiou US$ 3 bilhões para a Petrobrás e no mesmo ano, a venda de petróleo para a Sinopec já havia ultrapassado esse valor."

A maior siderúrgica da China, Baosteel, possui grandes negócios no Brasil. Zhao Jianhao, pesquisador do Instituto de Economia e Gerência da empresa, explicou:

"Os negócios da Baosteel no Brasil podem ser divididos em dois aspectos. Um dele é a exportação de aço ao Brasil, que começou em 2007. Especialmente em 2009 e 2010, o Brasil importou uma grande quantidade de aço, inclusive produtos da Baosteel. Outro negócio é o investimento no Brasil. Em 2002, a Baosteel cooperou com a Vale no investimento de algumas minas no país."

Zhao Jianhao analisou que apesar da longa distância, China e Brasil têm economias mutuamente complementares.

"China e Brasil são países geograficamente distantes. Porém, sob o ponto de vista de recursos, os dois países têm economias complementares. O Brasil é rico em minério de ferro, tanto em qualidade como quantidade, que por outro lado, a China necessita. No futuro, acredito que as relações complementares serão reforçadas ainda mais. O mercado brasileiro tem uma importância cada vez maior para a China. Por exemplo, a exportação de aço chinês para o Brasil. Apesar da quantidade ainda não ser grande, muitas siderúrgicas chinesas já perceberam a importância do mercado brasileiro. Sem dúvida, a exportação chinesa de aço para o Brasil vai aumentar. Além de aço, equipamentos elétricos e mecânicos da China também são exportados ao Brasil. Mesmo com diferentes processos de desenvolvimento econômico, China e Brasil têm economias complementares. Espero que os dois países utilizem mais esse aspecto."

As relações econômicas complementares entre China e Brasil também foram confirmadas pelo ex-embaixador chinês no Brasil, Chen Duqing. O diplomata assinalou:

"Existem várias áreas de cooperações entre China e Brasil. O presidente chinês, Hu Jintao, visitou o Brasil no ano passado e assinou o planejamento de cooperações de cinco anos entre os dois países, que inclui quase todas as áreas. Não há nenhum documento mais completo que ele. Há várias áreas de cooperações e muitos complementares, especialmente no âmbito econômico."

O ex-presidente do BNDES Antonio Barroso de Castro reiterou que as cooperações comerciais e econômicas entre China e Brasil não devem ficar apenas em coisas pequenas. Ele sugeriu a formulação de um planejamento comercial e econômico de longo prazo, a fim de beneficiar os dois países.

Durante a festa de Primavera de 2011, Ronaldo apareceu em vários canais de TV da China ao estrelar em um comercial da siderúrgica Vale. Na publicidade, a mensagem de Ronaldo descreve bem a perspectiva das relações econômicas e comerciais entre China e Brasil.

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