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Fortalecimento da cooperação sino-brasileira beneficia recuperação econômica mundial
  2011-04-13 14:48:29  cri

Sendo os dois maiores países em desenvolvimento dos hemisférios leste e oeste, a China e o Brasil mantiveram nos últimos anos uma cooperação bilateral cada vez mais estreita. Quando a companhia Goldman Sachs apresentou a idéia do Bric em 2003, os dois países revelaram uma forte tendência para intercâmbio e cooperação nos setores comercial, científico, tecnológico e cultural.

Considerados os dois mais importantes países do Brics, o fortalecimento das relações entre China e Brasil, sem dúvida, tem grande significado para o sistema. Falando sobre o encontro do grupo a ser realizado em meados de abril em Hainan, na China, o chanceler brasileiro, Antônio Patriota, afirmou que o país asiático é um importante parceiro do Brasil.

Enquanto vários países estão sofrendo para superar os problemas causados pela crise financeira, China e Brasil, dois mercados recém-nascidos, já saíram da turbulência e registram crescimento econômico. A ministra cônsul da Embaixada do Brasil na China, Tatiana Rosito, revelou em um fórum realizado em março que a China já se tornou o maior parceiro comercial do Brasil e o maior investidor estrangeiro no país. O volume das aplicações chinesas no Brasil ultrapassou os US$ 15 bilhões.

O embaixador da China no Brasil, Qiu Xiaoqi afirmou em entrevista exclusiva da Rádio Internacional da China que as relações sino-brasileiras têm grande significado estratégico mundial:

"Nos últimos anos, as relações sino-brasileiras registraram um crescimento rápido. Os dois países mantiveram ótima cooperação nos setores político, econômico e comercial, além de importantes questões internacionais. Para a China, consideramos que o Brasil é um dos mais importantes países com que temos relações. Após o desenvolvimento contínuo nesses anos, as relações sino-brasileiras já ultrapassaram o âmbito bilateral, se tornando influências estratégicas."

Depois de assumir a presidência em janeiro deste ano, Dilma Rousseff, colocou a China em 3º lugar nas políticas diplomáticas brasileiras, logo após América Latina e EUA. Em meados de abril, a presidente brasileira fará sua primeira visita oficial à China e assistirá o 3º encontro do Brics a ser realizado em Hainan. Trata-se da primeira visita de Dilma Rousseff a um país fora da América Latina desde que assumiu o cargo. O presidente do Instituto Brasileiro de Estudo da China e Ásia-Pacífico, Severino Cabral, considerou que isso mostra a importância das relações sino-brasileiras.

Sendo os dois membros do Brics, China e Brasil se complementam em vários setores. A China importa minério de ferro e soja do Brasil, enquanto o Brasil importa produtos eletrônicos, equipamentos mecânicos e peças de automóvel da China. Porém, muitos empresários brasileiros consideram que as duas partes competem em diversas áreas. As exportações da China ao Brasil em grande quantidade prejudicaram os interesses de alguns setores brasileiros. Quanto a isso, trabalhadores e especialistas chineses e brasileiros consideram que devem enfrentar os problemas de maneira conjunta. O pesquisador do Instituto de Estudos Latino-Americanos da Academia de Ciências Sociais da China Zhou Zhiwei assinalou que não se pode negar a competição. Mas ressaltou que a análise das relações bilaterais deve ser mais ampla.

"Não precisamos negar que há competição. Os dois blocos econômicos recém-nascidos estão em um processo de subida. Eles precisam ocupar o mercado. Sem dúvida, existe a competição. Mas temos de analisar mais amplamente. Apesar de tudo, os dois países se complementam no setor econômico. Eles devem aproveitar suas próprias vantagens. Tendo a mesma qualidade internacional, ambas as partes devem buscar a cooperação."

Segundo dados estatísticos, o superávit brasileiro no comércio com a China atingiu, no ano passado, US$ 5 bilhões. Para se ter uma idéia, o superávit comercial do Brasil em 2010 chegou a US$ 20 bilhões. Zhou Zhiwei considera que os negócios entre os dois países ajudam a equilibrar o comércio exterior brasileiro. Por outro lado, os investimentos destinados pela China ao Brasil supriram a carência de capital na construção de infra-estrutura. Ele considera que no período pós-crise financeira, a cooperação bilateral beneficiará a recuperação da economia mundial.

"A cooperação beneficia não só os dois países, mas também a recuperação da economia mundial. Pois sua principal força vem dos países recém-nascidos. Acho que o crescimento estável das economias chinesa e brasileira é importante para a estabilidade da economia internacional."

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