O embaixador brasileiro na China, Clodoaldo Hugueney, destacou em entrevista exclusiva à Xinhua que o passado das relações entre Brasil e China foi brillhante e que, no futuro próximo, ambos terão seus laços fortalecidos, contribuindo ainda mais para o desenvolvimento das duas potências.

Em meados de abril, antes da Cúpula dos BRICS, a presidente Dilma Rousseff fará sua primeira visita de Estado à China, em sua primeira viagem oficial fora da América do Sul desde que tomou posse. "Isto indica a importância que a presidente concede às relações com a China", disse o embaixador. Na China há quase 3 anos, o embaixador testemunhou o período mais frutífero entre os dois países em desenvolvimento.

"A área política vem se desenvolvendo", avaliou Hugueney, citando as visitas anuais de chefes de Estado nos últimos anos. Segundo ele, nesta ocasião, Dilma virá acompanhada de 15 ministros brasileiros, num sinal de que o diálogo político, base da cooperação bilateral, está em ascensão.

Durante sua visita　ao Brasil em 2010, o presidente Hu Jintao assinou com o então presidente brasileiro, Luis Inácio Lula da Silva, um plano de ação conjunta de cinco anos, que define metas e estabelece uma agenda de reuniões bilaterais para discutir as relações entre os dois países, de crescente importância no cenário internacional.

Com um investimento de mais de US$ 17 bilhões, a China se tornou o maior investidor do Brasil em 2010. Neste sentido, o embaixador afirmou que a parte brasileira gostaria de anunciar novos investimentos chineses no Brasil, bem como novos investimentos brasileiros na China, por exemplo, nos setores de aviação e automóveis.

De acordo com o embaixador, a economia brasileira registrou nos últimos 10 anos um desenvolvimento estável, rápido e sustentável. É importante que as empresas chinesas aproveitem a oportunidade e participem deste crescimento contínuo, particularmente na infraestrutura e na exploração de novas reservas de petróleo.

"O comércio também vem crescendo de forma notável", assinalou o diplomata, "especialmente nos últimos 10 anos". A China passou a ser o maior parceiro comercial do Brasil em 2009.

Novas cooperações também estão previstas para a área de ciência e tecnologia. O embaixador revelou que, durante a visita da presidente, haverá um evento sobre o tema, organizado pela Academia Chinesa de Ciências.