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Portugal abre as portas da UE para empresas chinesas - Criação da Zona de Cooperação Comercial China-Portugal
  2010-11-08 09:52:04  cri

 Em 12 de maio de 2010, a Agência de Investimento e Comércio Exterior de Portugal (Aicep), a Aicep Global Parques e a Companhia Feitian na Europa assinaram o acordo para a criação da Zona de Cooperação Comercial da China em Portugal. Como a primeira zona do gênero estabelecida na UE, esse projeto é considerado um importante passo para que as empresas chinesas saiam de seu país e se expandam no mercado europeu. Ouça a reportagem da Rádio Internacional da China.

A Zona de Cooperação Comercial da China em Portugal ocupará um espaço de cerca de treze quilômetros quadrados, incluindo diferentes áreas dedicadas ao comércio internacional, indústria, depósito e logística, alta tecnologia, além de uma zona para habitação. O projeto está situado em um lugar com condições favoráveis de transporte e infra-estruturas completas, além de usufruir de políticas preferenciais do governo português.

Wu Xuqing, presidente da Companhia Feitian na Europa, afirmou que esse projeto dá uma boa oportunidade para as empresas chinesas ampliarem sua influência na UE.

"O objetivo da Zona de Cooperação Comercial da China em Portugal é bem claro. Ele funciona como um trampolim para as empresas entrarem na UE. O projeto se tornará uma base das empresas chinesas na Europa."

O governo português ofereceu grande apoio à Zona de Cooperação Comercial da China em Portugal, dando políticas preferenciais na emissão de vistos, impostos, depósitos, etc. O consulado de Portugal em Shanghai abriu o canal verde de visto, facilitando o processo para empresários chineses que vão a Portugal para verificar o projeto. O presidente da Aicep, Basílio Horta, acredita que esse projeto tem um significado positivo para ambos os países.

"Gostaríamos que Portugal se tornasse uma plataforma logística relevante para empresas e produtos chineses na União Europeia, o que é importante para ambos os países, na medida em que as empresas chinesas teriam uma porta de entrada na Europa (eventualmente em outros mercados lusófonos) e às empresas portuguesas seria dada uma maior oportunidade de contato direto com os parceiros chineses.

Acreditamos que este projeto poderá ainda trazer outros benefícios, como a dinamização do transporte marítimo e da atividade portuária entre os dois países e esperamos que possa evoluir também na área industrial, não se restringindo apenas à logística e comércio."

A Zona de Cooperação Comercial da China em Portugal possui uma área de mil metros quadrados dedicados ao comércio internacional e contará com 10 mil empresas chinesas quando for concluída. Logo, compradores da Europa e de todo o mundo poderão ir a Portugal para participar de negócios diretos com os empresários chineses.

Normalmente, quem obtém maior lucro no comércio internacional são as empresas intermediárias. Com a criação da Zona, as empresas chinesas terão a possibilidade de contatar seus clientes diretamente e acompanhar as mudanças no mercado, além de produzir e vender mercadorias no local. Assim, poderão aumentar sua margem de lucro. Wu Xuqing apresentou:

"O modelo de venda direta reduz custos e com isso, as empresas poderão investir mais na qualidade de seus produtos. Garantimos então o preço baixo e a qualidade excelente dos produtos."

Wu ainda apresentou uma característica muito especial da operação do projeto. Ele disse que eles não apenas introduzirão as empresas como também as ajudarão a vender seus produtos na Europa. Segundo Wu, uma rede de venda direta dos produtos chineses na UE, que também faz parte do projeto da Zona de Cooperação Comercial da China em Portugal, será estabelecida.

"Vamos criar 50 mercados atacadistas na UE, somando 20 mil metros quadrados, que abrangerão todos os 27 países membros da entidade. A distância entre os mercados não ultrapassará de 300 quilômetros. Prevemos que em 5 anos, o valor total de vendas por esta rede atingirá 10 bilhões de euros."

Atualmente, a UE já é o maior parceiro comercial da China, e não mais os EUA. Basílio Horta disse que Portugal não está preocupado com o impacto eventual da Zona de Cooperação Comercial da China à economia nacional.

"Portugal não tem preocupação com o impacto da China. Portugal tem a preocupação de não conseguir ter uma relação com a China, uma relação de investimentos ao nível político com um de nossos países. Nós acreditamos que os bons negócios fazem bons amigos, e portanto os produtos chineses são bem-vindos em Portugal, como os produtos portugueses devem ser bem-vindos na China. Nós não acreditamos no protecionismo. A economia portuguesa está cada vez mais aberta ao exterior. Portugal é um país que tem o mercado interno pequeno e consequentemente está a fazer um grande esforço de internacionalização de suas empresas. Logo, no domínio de internacionalização, a China é muito bem-vinda e será seguramente um parceiro estratégico de cooperação com Portugal."

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