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Pavilhão da Suíça: design inspirado na filosofia chinesa
  2010-08-17 20:28:21  cri

 A cordilheira dos Alpes, o lago de Genebra e os relógios sofisticados são as características mais conhecidas da Suíça, país europeu que atrai um grande número de turistas às estações de esqui. No Parque da Expo Mundial de Shanghai, a presença suíça chama muita atenção dos visitantes. 

Situado na zona C do parque da Expo, o pavilhão da Suíça tem um formato especial: dois enormes cilindros sustentam um teto coberto por gramas e flores. A arquitetura no chão e no teto representam a vida urbana e a paisagem natural. O teleférico de visitação liga as duas áreas, refletindo o tema do pavilhão da Suíça, "Interação entre cidade e campo". Segundo o presidente do pavilhão da Suíça, Manuel Salchli, a dualidade de yin e yang, base da filosofia chinesa, está embutida no design da construção. Conforme a teoria chinesa, duas forças complementares compõem tudo que existe, e do equilíbrio dinâmico entre elas, surge todo o movimento e mutação. As forças são yin, o princípio passivo, noturno, escuro, frio e feminino, e yang, o princípio ativo, diurno, luminoso, quente e masculino.

"Os projetistas suíços empregaram a filosofia chinesa yin-yang no design deste pavilhão. Por exemplo, objetos redondos são amplamente vistos aqui. Os dois cilindros formam a estrutura principal do pavilhão. Os visitantes entram a partir de um terreno inclinado e terminam sua visita no teleférico que desce circundando os cilindros. O terminal é também o ponto de partida desta viagem, refletindo o conceito de eternidade. O equilíbrio é a essência da teoria yin-yang, e o nosso pavilhão destaca também a convivência entre o ser humano e a natureza", explicou Salchli.

O pavilhão da Suíça é coberto por uma cortina inteligente onde estão pendurados 10 mil "bolinhas vermelhas". As bolinhas são baterias solares, que brilham na medida que absorvem energias ao seu redor, como por exemplo, a luz solar e os flashes das máquinas fotográficas. A iniciativa, segundo Salchli, visa alertar as pessoas de que ainda há muitas energias desperdiçadas ao nosso redor.

"De longe, os visitantes já podem avistar esta cortina formada por baterias solares, a única parede transparente no parque da Expo mundial. A cortina é a atração principal do nosso pavilhão", disse Salchli orgulhoso.

Pela cortina transparente, os visitantes entram em um dos cilindros a partir de um terreno inclinado de três metros de largura. Dos seus dois lados estão instalados 10 telões tridimensionais, que mostram o panorama da Suíça. Nas telas posicionadas na zona central do pavilhão, doze suíços contam histórias sobre suas vidas e hobbies para descrever uma Suíça real ao mundo. Atrás dessas telas, há um telão de 10 metros de altura que exibe repetidamente o filme Alpes, Gigante da Natureza. Li Jiaqi, estudante de Xi´an, norte da China, se interessou pelo filme.

"A minha impressão é de que a Suíça possui tecnologias muito avançadas. O filme mostra paisagens muito reais. A força da natureza é impressionante", disse ela.

A entrada no segundo cilindro leva os visitantes a embarcarem no teleférico, outra grande atração do pavilhão da Suíça. No interior do cilindro, o teleférico sobe circundando, rodeado por plantas e flores de diversas espécies, distanciando os passageiros do ritmo acelerado da vida urbana para a natureza agradável. Ao chegar ao topo, a 16 metros de distância do chão, o gramado e as flores já dominam a vista dos passageiros. O panorama do parque da Expo e das duas margens do rio Huangpu também é alcançado. Zhang, de Beijing, contou ao nosso repórter a sua experiência.

"Acho muito legal essa idéia de instalar um teleférico. Eu estava esperando na fila por mais ou menos duas horas. O passeio de teleférico foi muito confortável. A arborização no teto é muito boa. Como nem sempre temos a chance de esquiar na Suíça, sentir a paisagem daquele país dessa maneira é uma boa opção", disse Zhang.

Um passeio de teleférico leva quatro minutos. A atração recebe cerca de 20 mil turistas por dia. Para garantir a segurança, as três maiores operadoras suíças de teleférico enviaram seus técnicos para a manutenção dos equipamentos. Para Salchli, o teleférico é um elo entre o espaço urbano e a natureza.

"O teleférico é um símbolo do transporte urbano e do turismo na Suíça. Os suíços costumam subir montanhas de teleférico para esquiar no inverno e apreciar paisagens no verão", disse Salchli.

Segundo o suíço, seu país enfrenta o mesmo desafio que outros países de conseguir uma boa interação entre a cidade e o campo. Elevar a qualidade da vida urbana sem causar danos à natureza é também um tema que preocupa muitos suíços. Para Salchli, o pavilhão da Suíça representa o tema da Expo Mundial de Shanghai, Melhor Cidade, Melhor Vida.

"O tema do pavilhão da Suíça faz parte dos cinco sub-temas da Expo Mundial de Shanghai. Na Suíça, moradores do campo vão todos os dias as cidades para trabalhar, e aqueles que moram nas cidades vão passar os finais de semana no campo. Nós queremos salientar aqui quatro aspectos que pesam muito no nosso cotidiano: a qualidade da água, a qualidade do ar, o transporte público e as construções sustentáveis", disse Salchli.

Desde a abertura do parque da Expo, o pavilhão da Suíça tem sido o pavilhão mais procurado pelos visitantes. Após o encerramento da maior exposição do mundo, as baterias solares na cortina transparente serão vendidas como lembranças, completou Salchli.

(Por Zhu Wenjun)

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