Os visitantes fazem fila para tirar uma foto com eles, que foram até capa do jornal Diário do Povo. O que de especial tem a história do casal de namorados Orest e Alba, que trabalha como voluntário no pavilhão da Albânia? Hoje, vamos falar desse romance em pleno Parque da Expo Shanghai.
"Bem-vindo ao Pavilhão da Albânia!"
Vestidos com trajes tradicionais, Orest e Alba recepcionam todos os dias os visitantes no portão do pavilhão da Albânia, situado no Pavilhão Conjunto da Europa. O sorriso estampado em seus rostos e as gentilezas entre eles refletem a felicidade desse casal de namorados.
Orest e Alba começaram a namorar no 2º ano da universidade. Orest, que desde criança se interessa pelas coisas da China, em 2009 ganhou uma bolsa para estudar Relações Internacionais em Shanghai. Assim que soube que a Expo seria realizada lá, se candidatou para trabalhar como voluntário. Apesar de ansioso com a oportunidade, ele não pode conter a tristeza.
"Eu estava muito empolgado com a oportunidade de estudar na China e participar da Expo Mundial. O problema é que eu e minha namorada ficaríamos muito longe um do outro, eu aqui e ela lá na Albânia."
Alba fala várias línguas e ganhou uma bolsa de estudos numa universidade norte-americana justamente quando seu namorado foi contemplado com a possibilidade de morar na China. Diante desse dilema e da tristeza de Orest, Alba decidiu:
"Vou até onde ele está. Se ele está na China, é pra lá que eu vou. E vou participar da Expo ao lado dele. Quero que a gente fique junto sempre."
Nove meses atrás eles ficaram noivos e começaram a estudar chinês na Normal University Huadong, em Shanghai. De olho na Expo, Orest e Alba começaram a reunir o maior número possível de informações sobre o evento. Há três meses, foram aceitos como voluntários pelo representante-geral do Pavilhão da Albânia. Mas conciliar o árduo trabalho na Expo aos estudos não é tarefa fácil.
O primeiro pavilhão a ser homenageado no Parque da Expo seria justamente o da Albânia, em 5 de maio. O dia anterior foi intenso para o casal, que trabalhou até muito tarde com toda a equipe do pavilhão da Albânia para que a festa fosse perfeita. Ao final do dia cansativo, já de madrugada, o serviço de ônibus que serve o Parque da Expo havia sido encerrado. Voltando a pé para casa, os dois enfim tiveram tempo de refletir sobre aquele momento especial. Orest não conteve a emoção.
"Estou muito feliz por ela estar ao meu lado nos estudos aqui na China e na Expo Shanghai."
No dia 5 de maio, Orest e Alba recepcionaram visitantes de todo o mundo e tiveram sua foto estampada na primeira página do jornal Diário do Povo. Alba disse:
"Na foto, eu estava vestida de noiva e ele de noivo, mostrando o nosso amor em pleno Parque da Expo. Esse evento vai tornar nosso sentimento um pelo outro ainda mais profundo."
A chinesa Fu Peipei, que também trabalha no Pavilhão da Albânia, foi tocada por essa história de amor.
"Encerramos o trabalhos diários às 9 horas da noite. Alba sempre espera Orest, e isso me emociona muito."
A cumplicidade de Orest e Alba também comove seus compatriotas. Que o diga Klevi, diretor do Pavilhão da Albânia.
"Estou fora de casa há três meses e, ao vê-los, sinto ainda mais falta da minha família."
De olho no futuro, Orest e Alba fazem seus planos. Devem se casar após a graduação e procurar trabalho em Bejiing, como forma de contribuir ainda mais com o desenvolvimento das relações entre China e Albânia.