O pavilhão de Portugal, situado na zona C do parque da Expo de Shanghai, ocupa uma área de 2 mil metros quadrados. Não parecendo tão esplendoroso, a construção reflete as ideias de energia renovável e baixa emissão de carbono.
A fachada é revestida de cortiça, um material muito típico do país, que pode ser reciclado e é favorável ao meio ambiente. O diretor do pavilhão, José Fragoso, explicou à reportagem da Rádio Internacional da China:
"Portugal é o maior produtor mundial de cortiça. É um produto ecológico. É um produto que contribui para a eficiência energética do Pavilhão. E também aqui em destaque a participação portuguesa, que é uma participação carbono zero. Ou seja, todo o carbono que é emitido pela construção, pelas viagens, pelo papel que é gasto é compensado pela plantação de árvores em Portugal. Portanto, quando finalizar a Expo Shanghai, vão estar replantados 11 hectares de floresta em Alqueva, que é uma zona no Alentejo e que está em grande unificação em grande desenvolvimento".
Conforme as palavras dele, para compensar a emissão de carbono durante a construção do pavilhão, 11 hectares de árvores serão plantadas no Alqueva, sul de Portugal. Mas os ideiais de "baixo carbono" não estão refletidos só no material da fachada, mas também no que está exposto lá dentro. O tema do pavilhão de Portugal na Expo de Shanghai é "Portugal, uma praça para o mundo, energias para o mundo."
Dividida em duas salas, a primeira é dedicada às relações históricas entre China e Portugal. A segunda expõe modalidades de energias renováveis, da eólica à solar. No salão, um carro elétrico de nome Buddy atrai a atenção dos visitantes. Até 2011, 25 cidades portuguesas serão servidas por uma rede de abastecimento elétrico com 1.350 pontos de carga de acesso livre, compatíveis com todas as marcas desse tipo de veículo. Será a primeira experiência no âmbito internacional de uma rede de mobilidade elétrica.
O diretor do pavilhão afirmou que o projeto do veículo é uma inovação tecnológica originalmente portuguesa:
"A grande inovação deste país é um sistema de bi-direcionalidade. Ou seja, eu poso carregar o meu carro, mas também posso colocar energia que tenha acumulado no meu carro na rede em termos muito simples como e que esta estrutura funcionada".
Um telão instalado no interior do pavilhão mostra alguns dados variáveis que indicam o consumo de energia por visitante desde o início da Expo de Shanghai. Ao lado do telão, alguns painéis com textos e fotos expõem a utilização de energias renováveis, entre solar e eólica.