Fatores como a altitude, o terreno acidentado e o limitado apoio logístico têm dificultado os trabalhos de resgate após o terremoto de 7,1 graus de magnitude em Yushu, na Província de Qinghai, noroeste do país, disse nesta quinta-feira o subdiretor do departamento de resgate de emergência da Administração de Sismologia da China, Miao Chonggang.
Vários integrantes das equipes de resgate se queixaram de náusea e mal-estar por causa da altitude, revelou Miao durante uma coletiva de imprensa em Beijing.
Yushu está situada a cerca de 4000 metros acima do nível do mar.
A altitude tem afetado até mesmo os cães farejadores que acompanham as equipes de resgate, reduzindo sua eficiência durante a busca de sobreviventes da tragédia, explicou o funcionário.
Miao afirmou que a complexidade do terreno nas áreas afetadas, cortadas por cânions profundos, também está complicando o acesso do resgate. Além disso, os recursos locais em termos de logística são "muito limitados".
"Muitas equipes de resgate estão sem espaço para acampar e sem provisão suficiente de alimentos instantâneos", disse. "A altitude e o frio intenso também são difíceis de suportar", acrescentou, destacando que as temperaturas continuam baixas na região.
O sismo também cortou as linhas de transmissão de eletricidade e de comunicações em Yushu e danificou a maioria dos edifícios, construídos com madeira e tijolos
Pelo menos 760 pessoas morreram, mais de 11,5 mil ficaram feridas e outras 243 continuavam desaparecidas por causa do tremor ocorrido na manhã de quarta-feira.