A China e o Brasil concordaram, em setembro de 2009, em intensificar a cooperação entre os poderes judiciários dos dois países, disse esta quinta-feira Zhou Yongkang, membro do Comitê Permanente do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCC).
Os dois países esperam promover a cooperação na reforma judiciária, na administração dos tribunais e no treinamento de juízes, detalhou Zhou, que lembrou que a China e o Brasil, duas das maiores economias emergentes do mundo, também estão com as mãos dadas para lidar com a crise econômica mundial.
Em um encontro com o presidente do Supremo Tribunal Federal do Brasil, Gilmar Mendes, Zhou disse que os dois países em desenvolvimento estão enfrentando semelhantes problemas no processo de desenvolvimento, como aumentar a democracia judiciária e promover a justiça jurídica.
Mendes está visitando a China a convite do presidente do Tribunal Popular Supremo da China, Wang Shengjun. Os órgãos jurídicos dos países do BRIC -- Brasil, Rússia, Índia e China -- assinaram recentemente um acordo de cooperação.
Os países do BRIC representam 42% da população mundial, 14,65% do Produto Interno Bruto (PIB) do mundo e 12,8% do volume do comércio internacional. Em maio deste ano, a China e o Brasil assinaram uma acordo de comércio e financiamento de petróleo de US$ 10 bilhões.
Apesar da crise econômica mundial, o comércio entre a China e o Brasil não parou de crescer. Estatísticas divulgadas pelo governo brasileiro mostram que o volume de comércio bilateral chegou a US$ 3,2 bilhões em abril, sendo que a China se tornou o maior paceiro comercial do Brasil.
"Isso significa que as duas economias são complementares e o potencial de cooperação bilateral é grande", comentou.