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ESTADÃO-Governo chinês promete medidas para conter alta de preços dos imóveis
  2010-03-06 10:38:48  cri

O governo de Pequim vai frear a especulação imobiliária e agir para conter a acelerada alta de preços dos imóveis, prometeu nesta sexta-feira, 5, o primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, no discurso de abertura da reunião anual do Congresso Nacional do Povo, no qual traça as diretrizes para os próximos 12 meses.

Muitos analistas temem que o setor imobiliário da China esteja envolto em uma bolha, inflada pela especulações a rápida elevação dos preços, que foi de 7,8% em dezembro e de 9,5% em janeiro. No ano passado, o valor movimentado na aquisição de imóveis atingiu US$ 640 bilhões, um crescimento de 75,5% em relação a 2008.

"Nós vamos coibir de maneira resoluta o aumento no preço de residências em algumas cidades e satisfazer a necessidade básica de moradia da população", declarou o primeiro-ministro.

Segundo ele, o governo vai construir 3 milhões de casas populares e promover a reforma de outras 2,8 milhões que estão em más condições. Outro objetivo será estimular a construção de casas que sejam usadas como moradias por seus compradores. Um dos maiores problemas do setor imobiliário chinês é o fato de a compra de apartamentos ter se tornado uma opção de investimento de famílias que possuem poupança. Muitas compram vários apartamentos e os deixam fechados, como uma forma de aplicação financeira, o que reduz a oferta de imóveis para os que realmente precisam de um para morar. Isso provoca outra distorção que é a construção de muitos empreendimentos de luxo, inacessíveis para a maioria da população.

Pesquisa online realizada pelo Diário do Povo, jornal oficial do Partido Comunista, mostrou que a alta do preço dos imóveis aparece em quarto lugar entre as preocupações dos entrevistados, depois de aposentadorias, da destruição de casas para construção de empreendimentos imobiliários ou industriais e do combate à corrupção.

O primeiro-ministro ressaltou que o governo manterá inalterado o pacote de estímulo econômico de US$ 586 bilhões anunciado no fim de 2008 para um período de dois anos e previu que o PIB terá expansão de 8% em 2010.

"Nós vamos continuar a implementar o pacote para lidar com a crise financeira global e aumentar os gastos para completar projetos em construção, fortaleces setores frágeis, continuar as reformas, melhorar a qualidade de vida da população e manter a estabilidade [social]", disse o premiê.

Apesar do sucesso da estratégia chinesa para enfrentar a crise no ano passado, Wen afirmou que continuam a existir "perigos potenciais" na economia. Entre eles, citou "riscos latentes" dos setores bancário e de finanças públicas. No ano passado, as instituições financeiras concederam US$ 1,4 trilhão em novos empréstimos, o dobro do registrado em 2008. A cifra equivale a 30% do PIB chinês e não está muito distante do tamanho de toda a economia brasileira.

Muitos analistas temem que a rápida expansão tenha levado à concessão de créditos de baixa qualidade, que dificilmente serão recuperados, o que pode afetar os balanços dos bancos. Como todos são estatais, o eventual rombo seria coberto com recursos do governo.

Oficialmente, a dívida pública chinesa está em 20% do PIB, mas inúmeros analistas sustentam que o índice é bem maior, se forem incluídos os débitos das províncias, dos governos locais, das estatais e de outras agências controladas pelo Estado.

Victor Shih, professor da Universidade Northwestern de Chicago, estima que o porcentual pode chegar a 70% do PIB, considerando todos os níveis de governo e os empréstimos duvidosos criados com a explosão de crédito do ano passado.

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