A delegação de jornalistas da CRI (Rádio Internacional da China) que visita as fronteiras do país chegou à Região Autônoma do Tibete. Além de apreciar as belas paisagens tibetanas, durante a estadia os jornalistas puderam observar a determinação e esforços realizados para proteger o meio ambiente local. A jornalista italiana Gabriella Bonino, que visitou o Tibete em outras quatro oportunidades, disse que o lugar hoje é ainda mais lindo do que 20 anos atrás.
"Dou nota 9,5 aos trabalhos de proteção ambiental realizados no Tibete porque sei que as condições naturais aqui são árduas e os trabalhos de proteção difíceis. Ainda me lembro quando há 15, 20 anos, o local deu início à essas ações que melhoraram muito o meio ambiente. Acho que, não só a Região Autônoma do Tibete, mas toda a China tem dedicado muita atenção às questões ligadas à ecologia."
Aos olhos de Gabriella, o reflorestamento, o tratamento da água e do solo, para evitar erosão e desertificação, são as principais razões da sensível melhora das condições naturais do Tibete. A consciência e participação da população local nesse aspecto têm sido de suma importância. Lobsang Dawa, um dos moradores da região, afirmou:
"Antigamente os locais não prestaram a devida atenção à proteção ambiental. Porém, com a elevação do nível de vida e cultural, hoje eles sabem como preservar o meio ambiente. No passado, eram poucos os que entendiam alguma coisa sobre proteção ambiental ou dos animais silvestres. Agora é diferente."
Ao chegar ao Aeroporto de Kunga os jornalistas da CRI ficaram encantados com o cenário que estampava o céu azul de nuvens brancas, altas montanhas e água fresca. Em meio ao processo de modernização, como é possível manter bela e pitoresca as paisagens naturais por aqui? Emocionado, o vice-presidente da Região Autônoma do Tibete, Padma Tsinle, disse ser preciso usar o coração para proteger essa jóia.
"As montanhas e as águas não são só do povo tibetano, mas de toda a nação chinesa. Se você destrói esse lugar como responderá à nação chinesa?"
Segundo Padma Tsinle, o ambiente ecológico tibetano é muito frágil e seria difícil recuperá-lo se fosse destruído. Por isso, entre o benefício econômico e a proteção ambiental, o governo da Região tem priorizado a última alternativa.
"O solo da Região Autônoma do Tibete é muito rico em ouro e ferro, fato que podería gerar grandes benefícios econômicos. Porém, a prospecção desses minerais trouxe diversos prejuízos ao meio ambiente. Por isso, o governo da Região Autônoma decidiu proibir a garimpagem. Todas as atividades que prejudicam o meio ambiente, ainda que tenham potencial econômico, serão proibidas."
Padma Tsinle disse que mesmo durante a construção de grandes obras como a Ferrovia Qinghai-Tibete e obras hidroelétricas, o governo local sempre colocou em primeiro plano a proteção ambiental, pré-requisito indiscutível para a construção econômica. Essa determinação do governo local é inalterável.