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Afinidade com a China por duas gerações brasileiras - entrevista com Hugo Napoleão, filho do primeiro embaixador brasileiro na China
  2009-08-26 14:35:37  cri
                                                                                                      

Hugo Napoleão

A família toda se apaixonou pela cultura e arte chinesas. Hugo revelou que sua mãe conseguia comunicar-se bem em mandarim. Para Hugo, a arte chinesa começa na própria língua.

"A arte chinesa começa com o próprio alfabeto, ou seja, com a própria escrita. Ela é a tradução da arte. Em segundo lugar, a língua é muito melodiosa, agrada os ouvidos, é muito bonita. E sobre o ponto de vista histórico, as descobertas de todas as dinastias imperiais, da cultura dessa época, foram magníficos tesouros para a humanidade. E respeito muito o que a China tem em matéria de arqueologia e antropologia. A Grande Muralha, por exemplo, sem dúvida nenhuma é uma peça arquitetônica admirada mundialmente, assim como a Praça da Paz Celestial e a Cidade Proibida, que com todos os seus encantamentos mostram o que a China teve no curso de sua história, sua grandeza na construção da humanidade."

Hugo Napoleão visitou a China duas vezes, em 1980 e 1993. A primeira oportunidade foi durante seu mandato como deputado federal, e a segunda como Ministro das Comunicações do Brasil, ocasião em que assinou um acordo com o Ministro das Telecomunicações da China. Ele lembrou que testemunhou enormes transformações da sociedade chinesa em suas visitas.

"(A diferença) começava pela vestimenta. Na primeira vez em que estive em Beijing, os homens usavam káqui e verde, de acordo com a área em que trabalhavam. As mulheres solteiras usavam duas trancinhas, e as casadas cabelo curto. Quando voltei em 1993, os homens usavam terno e gravata. E o número de edifícios e empresas internacionais aumentaram muito, até o Mc Donalds já tinha chegado. Houve uma abertura para o mundo muito significativa."

Nos 35 anos desde o estabelecimento das relações bilaterais, China e Brasil tem mantido contatos estreitos de alto nível, aumentaram constantemente a confiança política mútua e obtiveram muitos resultados de cooperação amistosa em todas as áreas. Hugo declarou:

"Antigamente a ideia que se tinha da China envolvia mistério e lendas, algo muito distante. Acredito que com o passar dos anos, graças ao desenvolvimento da economia global, os dois países se aproximaram e agora compartilham objetivos. O sentimento dos brasileiros em relação aos chineses é de simpatia. O Brasil tem uma cultura de 500 anos muito particular, formada por portugueses, coreanos, japoneses, italianos, alemães, africanos, índios nativos e emigrantes de diversas partes. A China tem 5000 anos de história e uma cultura extremamente rica que deve ser respeitada. E é isso que os dois países devem fazer; manter o respeito mútuo, a amizade, e naturalmente os objetivos comuns, como o progresso da ciência, das artes, da tecnologia e dos esportes."

Falando das cooperações entre China e Brasil para enfrentar a crise financeira global, Hugo apontou:

"Eu creio que seja um problema internacional, que tanto Brasil quanto China estão sentindo duras consequências. E ambos perceberam que temos que unir esforços e fazer com que haja um desenvolvimento harmônico e investimentos em produção, na agricultura, indústria e comércio."

"Acredito que a China tem no Brasil um aliado seguro. O presidente Lula, em sua recente visita, deu andamento nas relações bilaterais. Nós ficamos muito satisfeitos com os resultados dessa visita," nos revelou Hugo. Caro ouvinte, quero finalizar o programa de hoje com essa frase. Florbela agradece sua atenção.


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