A trajetória da senhora Tang, nascida na China e criada no Brasil, a torna uma das pessoas mais aptas a promover a aproximação China-Brasil. Ela estudou História de Artes na Escola de Louvre em Paris e depois se mudou para Nova Iorque, onde se deu conta da ausência de artistas do Brasil e da China nas mostras internacionais nos anos 80. Então pensou que poderia fazer uma ponte entre a arte brasileira e a chinesa com artistas do Brasil e da China. Entre 2009 e 2014, com o apoio do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, Sarina Tang liderou o projeto de residências artísticas Compartilhados e Divergências (Shared and Divergent). O objetivo do projeto era conectar diretamente, sem intermediação dos países europeus ou dos EUA, artistas do Brasil e da China, dois dos meios mais dinâmicos de arte contemporânea. Participaram do programa tanto jovens artistas brasileiros, quanto aqueles com carreiras mais consolidadas, selecionadas pela curadora sino-brasileira.
Agora, ela está com um novo projeto de trazer quatro curadores da China para o Brasil com o objetivo de fazerem um panorama da produção do Brasil.
O prêmio Itamaraty de Diplomacia Cultural foi estabelecido neste ano pelo Departamento Cultural do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, a fim de contribuir para adensar o diálogo entre o Brasil e os meios culturais e acadêmicos no exterior. A iniciativa visa dar o devido reconhecimento, anualmente, aos indivíduos cuja atuação tenha contribuído, de forma notável, para a diplomacia cultural ou educacional brasileira em diversos países do globo.