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Processo contra terras raras da China incentiva reestruturação da indústria

Recentemente, Estados Unidos, União Europeia e Japão abriram em conjunto um processo contra a China, exigindo que o país retire o controle sobre a exportação de terras raras. O governo chinês criticou a ação, dizendo que vai continuar gerindo o recurso de maneira eficaz conforme as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC). Analistas entendem que, com a forte pressão exterior, a indústria de terras raras está enfrentando uma nova rodada de reestruturação.

O último mês de março registrou um aumento dos atritos comerciais entre a China e os Estados Unidos. Com dois veredictos publicados pelas autoridades americanas nos dias 19 e 20, o governo do país acusou a China de praticar dumping e subsidiar o aço exportado para os EUA. Além disso, o governo americano publicou também o resultado preliminar da investigação anti-subsídio sobre produtos fotovoltaicos chineses. Entre todas as disputas comerciais, o caso de terras raras chama a maior atenção internacional.

O governo chinês reagiu logo após os EUA, a UE e o Japão entregarem o processo à OMC. O porta-voz do Ministério dos Assuntos Exteriores, Liu Weimin, afirmou:

"A exploração de terras raras tem impacto no meio ambiente. Tendo em consideração a proteção ambiental e a realização de um desenvolvimento sustentável, a China aplica rígidas políticas de controle sobre a exportação do material. Entendemos que a medida está de acordo com as regras da OMC."

No fórum anual de alto nível realizado no mês passado, o ministro do Comércio, Chen Deming, disse que a China vende normalmente o recurso de terras raras para os EUA. Os norte-americanos, no entanto, se recusam a vender os produtos finais para a China alegando questões de segurança. O ministro pediu que o país deixe de lado o mais rápido possível as restrições impostas à exportação de produtos para a China.

Na década de 90, a China virou a maior produtora de terras raras do mundo, substituindo EUA, Japão e França, com sua grande oferta e preços baixos. Com o decorrer do tempo e o destaque dado aos problemas ambientais, em 2008, a China começou a impor medidas rigorosas para regular a venda de terras raras, incluindo a quota de exportação.

Na disputa do setor, o governo chinês não fechou a porta de negociações com os países envolvidos. O porta-voz do Ministério do Comércio, Shen Danyang, adiantou:

"Consideramos que a administração do governo chinês sobre as terras raras e outros recursos estão de acordo com as normas da OMC. Estamos estudando soluções mediante negociação."

Para os analistas, apesar de a China aplicar a quota de exportação, o país não cortou a oferta de terras raras no mercado internacional, apenas elevou o preço do recurso. Países como EUA, UE e Japão querem usar o processo para readquirir o baixo preço que tinham no passado. Além disso, em ano de eleição, o presidente americano Barak Obama quer mostrar através do gesto uma postura forte de proteger o comércio nacional.

O porta-voz do Website de Energia da China, Han Xiaoping, prevê que, qualquer que seja o resultado do processo, o fato vai incentivar a reestruturação da indústria de terras raras no país.

"A China poderia aproveitar o período para reestruturar a exploração de terras raras. Até 2014, com a oferta crescente vinda da Austrália e da Malásia, o mercado internacional vai reduzir sua demanda sobre o recurso chinês. Nesse caso, o país poderá deixar de vender obrigatoriamente grande volume de terras raras, mesmo que perca o processo para os países ricos."

Tradução Li Mei

Revisão Luiz Tasso Neto

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