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Indústria de cevada lidera economia do Tibete

O senhor Zhang está terminando sua visita ao Tibete. No último dia de sua viagem, ele veio ao supermercado para comprar algumas comidas características da região. Mas encontrando tantos tipos de alimento feitos da cevada, é difícil até decidir quais para comprar.

"Vim aqui especialmente para comprar alimentos típicos do Tibete para meus parentes e amigos provarem. Não sabia que havia tantos tipos para escolher, por isso decidi comprar um pouco de cada."

Quando falamos sobre o Tibete, nos lembramos de três coisas desta região: o Palácio de Potala, os iaques e a cevada. Cevada é um cereal, que cresce principalmente na região alpina e fria de Qinghai-Tibete entre 4200 e 4500 metros acima do mar.

A cevada tem até uma lenda: antigamente, havia um príncipe inteligente, corajoso e bondoso, que se chamava A Chu. O príncipe roubou sementes de cevada de um rei de cobra para alimentar o povo pobre. Porém, quando o rei descobriu, transformou o príncipe em um cachorro. Para agradecer A Chu, cada vez que o povo colhe cevada e come tsampas, o primeiro pedaço sempre vai para o cachorro. Esta tradição continua até hoje.

Por milhares de anos, a cevada foi apenas um alimento dos residentes do planalto Qinghai-Tibete. Hoje em dia, com o desenvolvimento turístico do Tibete, a transformação de cevada em produto comercial é cada vez maior. Além do destilado de cevada, ainda foram desenvolvidos aveia, aletria, pão cozido no vapor e pó de cevada e outros itens especiais.

No verão, filas de caminhões esperam nas fábricas para transportar toneladas do destilado de cevada para cidades chinesas e até para o exterior.

Além de ser matéria-prima, a cevada também é considerada um remédio. Um livro médico famoso do Tibete, se refere à eficiência medicinal de cevada. À medida que a economia mundial se desenvolve e o nível de vida melhora, o valor nutricional da cevada atrai cada vez mais a atenção das pessoas.

O especialista no estudo do cereal, Qiang Xiaolin, está desenvolvendo bolo de cevada.

"No final dos anos 80, especialistas norte-americanos descobriram que a cevada tem efeitos visíveis na redução de colesterol e gordura, melhora a imunidade e previne contra tumores. Isso chamou a atenção de todo o mundo."

Como a única região de plantação em grande escala no mundo, o Tibete produz entre 50 e 60 toneladas de cevada por ano. Do total, 12 toneladas são para processamento profundo. Com o desenvolvimento do processamento profundo, esta planta agrícola tradicional começou a enfrentar uma nova revolução industrial.

O senhor Da Wa, que mora na capital do Tibete, está limpando ervas daninhas da cevada. A boa colheita deste ano o anima.

"Planto cevada para vender no mercado. No ano passado, ganhei milhares de yuans. Neste ano, há mais chuva que no ano passado. Tenho certeza de que vou ganhar mais ainda."

A família de Da Wa planta cevada há gerações. Mas eles não sabem que esta planta pode sair da mesa e entrar no mercado em diferentes formas.

Segundo o responsável da Empresa de bebidas tibetana, Luo Bu Ci Ren, cerveja vende muito bem e necessita cada vez mais cevada como matéria-prima.

"A produção da cerveja demanda muita cevada. Em 2004, o preço do cereal era de dois yuans por quilo. Agora, subiu para quatro yuans. Assim, uma tonelada de cevada vale quatro mil yuans. Começamos a adquirir cevada desde o ano passado, e já investimos mais de 16 milhões yuans."

Pesquisadores se esforçaram para deixar as plantas no planalto com nova vitalidade e vigor. Qiang Xiaolin, pesquisador da Academia de Ciências Agrícolas, é conhecido como o "pai" da área da criação da semente de ceveda. Durantes seus 20 anos de trabalho no Tibete, Qiang criou mais de 20 tipos de cevada, aumentando a qualidade e o volume de produção.

O desenvolvimento e o processamento profundo da cevada mostram novo vigor desta antiga planta. O cereal tradicional no planalto Qinghai-Tibete está entrando em uma nova era com uma nova imagem.

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