O número de estudantes chineses em países estrangeiros aumentou consideravelmente nos últimos anos. De acordo com estatísticas divulgadas pelo Ministério da Educação da China, no ano letivo de 2010, cerca de 285 mil pessoas foram educadas no exterior, uma expansão de 24% em comparação com o ano anterior. A maioria dos estudantes estrangeiros são universitários e pós-graduandos, mas o número de estudantes mais jovens vem subindo radicalmente. Entre todos os que foram estudar fora do país, mais de 20% eram menores de 18 anos de idade.
O dirigente-geral do Grupo EIC, empresa de serviços de educação internacional, Zhang Chao, explica:
"Entre nossos clientes, nos últimos dois ou três anos, a taxa de crescimento de estudantes que foram ao exterior foi de 20%, enquanto a taxa das crianças com menos de 18 anos foi de até 25%. Isso é mais alto do que o crescimento médio. A maioria foi estudar em escolas secundárias. Também houve alguns casos de estudantes primários."
Uma pesquisa recente realizada pelas entidades MyCOS, HR Digital Information Corporation e Centro de Serviços de Intercâmbios Escolares da China, demonstra que um grande número de estudantes de escolas secundárias estão planejando estudar no exterior. O vice-presidente da Corporação MyCOS, Zhang Jingxiu, avalia:
"De setembro de 2010 a março de 2011, recebemos mais de 2.900 respostas aos questionários. Os entrevistados-alvo são estudantes da escola secundária. Descobrimos que 70% deles planejam estudar em outros países depois de se formarem na escola secundária. Vinte e quatro por cento desejam estudar em escolas de educação avançada estrangeiras. Somente 6% planejam estudar em universidades locais e, depois realizar uma pós-graduação no exterior."
Nesse levantamento, mais de 60% dos entrevistados disseram que querem receber melhor educação, enquanto 19% vão para fora do país para escapar da pressão de participar dos exames de entrada de universidades da China. Devido às despesas escolares, a maioria dos jovens no exterior vêm de famílias ricas. Crescendo em condições confortáveis, muitos enfrentam uma série de problemas ao viver por conta própria em um país estrangeiro. Por causa do obstáculo do idioma, eles enfrentam ainda dificuldades de se comunicar com os outros. O consultor da empresa de Educação Internacional de Huashen, de Shanghai, Shi Yiru, dá algumas sugestões:
"Os estudantes jovens no exterior devem ser mais ativos para fazer novos amigos. Apesar de as escolas ajudarem a desenvolver os hábitos de estudo, eles devem ser mais independentes. Estudantes com maior habilidade de comunicação se adaptam mais facilmente a novas circunstâncias. "
Para as crianças que estudam no exterior, são os pais que tomam a decisão final. Mas especialistas sugerem que os pais discutam com seus filhos e respeitem a vontade deles quando escolherem entre estudar em casa ou no exterior em uma idade muito jovem.
