Wang Pei'an, vice-ministro da Comissão Nacional de Saúde e Planejamento Familiar, fez as declarações em uma entrevista coletiva realizada no âmbito da sessão anual da Assembleia Popular Nacional.
Ele disse que foram registrados 18,46 milhões de partos vivos no hospital em todo o país em 2016, 2 milhões a mais que a média dos cinco anos anteriores.
A taxa total de fertilidade também aumentou para 1,7, comparado com 1,5-1,6 entre 2000 e 2015.
Wang disse que a tendência continuará nos próximos anos até 2020, durante o qual o número anual de recém-nascidos será entre 17 e 19 milhões.
Isso significa que o número de recém-nascidos permaneçerá pelo menos no mesmo nível e poderá crescer 2 milhões anualmente ante a média entre 2010 e 2015.
"Estamos muito otimistas", disse Wang.
A China permitiu a todos os casais casados terem duas crianças em 2016. Isso segue uma flexibilização anterior da política em 2013 que permitiu aos casais terem uma segunda criança se um dos pais não tivesse irmão ou irmã.
A última mudança concluiu a política de filho único implementada no final dos anos 1970 para conter o aumento da população.
A mudança na política familiar é uma resposta ao envelhecimento rápido da população chinesa.
Até 2015, a população atingiu 1,375 bilhão, e pode alcançar 1,45 bilhão por volta de 2030.
Citando pesquisas feitas pela comissão em 2013 e 2015, Wang disse que há três fatores principais que influenciam a vontade dos pais de terem um segundo filho: consideração sobre o desenvolvimento da carreira das mulheres; recursos insuficientes para o cuidado das crianças, especialmente para as entre um e três anos, e despesas econômicas.
O ministro das Finanças Xiao Jie disse em uma entrevista coletiva que o governo está considerando uma dedução de imposto para as famílias com dois filhos.
O 13º Plano Quinquenal (2016-2020) do governo prometeu impulsionar os serviços públicos, incluindo cuidado de mãe e de crianças, educação e previdência social para apoiar as famílias com dois filhos.
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