Foi inaugurado ontem (21) em Beijing, o 3º Fórum de Cooperação entre Mídias China-África. Duzentos e cinquenta funcionários e profissionais de 46 países africanos e da China participaram do evento, com debates em torno dos temas como "políticas de intercâmbios entre China e África em radiodifusão, cinema e televisão", "cooperação e construção da capacidade de mídias", "digitalização de radiodifusão e televisão e desenvolvimento de novas mídias", entre outros.
O diretor da Administração Estatal da Imprensa, Publicação, Radiodifusão, Cinema e Televisão da China, Cai Fuchao, apontou na cerimônia de abertura as áreas que as mídias da China e da África devem se dedicar com mais afinco.
"Continuaremos a apoiar a digitalização das mídias nos países africanos. Incentivamos as colaborações com os amigos africanos nas áreas de gerenciamento digital de mídias, prestação de serviços, treinamento de recursos humanos e produção. Elevaremos também o nível de cooperação na produção televisiva e cinematográfica."
Segundo as estatísticas, os programas televisivos e cinematográficos chineses já foram exibidos em mais de 40 países africanos. Nos últimos quatro anos, a Estação Central de Televisão da China (CCTV) transmitiu mais de 4600 horas de programas que apresentam o continente africano. Além disso, a CCTV e a Rádio Internacional da China (CRI) estabeleceram suas representações na África para garantir o compartilhamento e divulgação de informações sino-africanas.
Com a ascensão do mundo digital, os profissionais africanos participantes do evento expressaram o desejo de reforçar os intercâmbios e compartilhar experiências com a China na digitalização, políticas de transmissão de informações e na produção. O diretor do Gabinete de Comunicações da África do Sul, Donald Liphoko, discursou na ocasião.
"A África do Sul está estudando a elaboração de regras para o desenvolvimento da Internet no país, a fim de proteger as crianças. Na era da rede, enfrentamos novos e complicados desafios. Como profissionais de comunicações, precisamos agir adequadamente em relação a este fenômeno."
Quanto aos comentários de alguns veículos ocidentais sobre a promoção pela China do "neocolonialismo" na África para "saquear os recursos", o vice-presidente da Comissão da União Africana, Erastus Mwencha, ressaltou que é necessário divulgar informações verdadeiras sobre a cooperação sino-africana.
"Sem dominar os principais canais de opinião pública, será impossível transmitir informações de forma completa e equilibrada. A cooperação entre a China e a África justificou isso. Os resultados obtidos nos últimos 15 anos seriam dificilmente alcançados se os países africanos trabalhassem sozinhos. Por isso, as mídias da China e dos países africanos devem fomentar mais intercâmbios."