Christian Deydier fez a entrega durante uma visita à Província de Gansu, no noroeste. As peças ficarão guardadas no Museu Provincial de Gansu, de acordo com a Administração Estatal de Patrimônio Cultural.
Os itens de ouro vieram de tumbas em Dabuzhishan, em Gansu. Pertenciam a moradores de Qin, um dos muitos reinos do Período Primavera e Outono (770 a.C.-476 a.C.) da história chinesa. O rei de Qin unificou os reinos em 221 a.C. e se tornou o primeiro imperador da China.
Deydier e o também colecionador francês François Pinault desde junho devolveram 32 artefatos das mesmas tumbas, a primeira vez que relíquias culturais voltam para a China após negociações bilaterais com o governo da França.
Durante uma exibição sobre as tumbas, Deydier desejou que todos as peças de Dabuzishan atualmente no exterior rapidamente "voltem para a China e sejam unidas".
O vice-governador Xia Hongmin agradeceu em nome de Gansu os dois atos generosos de Deydier.
As tumbas de Dabuzhishan foram muito saqueadas na década de 1990 e um grande número de relíquias, inclusive de ouro, foi traficado para o exterior. As peças douradas enfeitavam caixões e armaduras de cavalo.
A China faz uma campanha para recuperar um grande número de relíquias culturais, das quais muitas foram saqueadas de tumbas ou palácios e estão em poder de museus estrangeiros e colecionadores privados.
No começo deste ano, uma estátua de Buda de mil anos, com um monge mumificado no interior, foi retirado de uma exibição húngara após acusações de que tinha sido roubada de uma aldeia em Fujian. O holandês em poder da peça disse que a devolveria à China se fosse provada a procedência.