"Os muçulmanos tradicionais também podem ter uma vida moderna", disse o pertencente à etnia Hui na aldeia de Sangonghu, na Região Autônoma Uigur de Xinjiang, noroeste da China.
Toda vez que aparecem novas coisas, há muito questionamento entre os aldeãos. Fazem perguntas como "Os imãs podem usar celular?" e "Os muçulmanos podem comprar ações?".
"Hoje em dia, uma pessoa não pode fazer nada sem celular. Você não pode nem me achar", afirma Yang, que geralmente reage com humor às perguntas. Recentemente, começou a usar o Wechat para falar com seus seguidores e ajudá-los na vida cotidiana.
Um aldeão que tem o imã no Wechat achou que seria difícil vender um trator. Yang divulgou o anúncio no aplicativo e o ajudou a encontrar um comprador no dia seguinte.
Yang é um dos agricultores mais ricos na aldeia, onde cultiva e vende legumes. Comprou um celular em 1998 e depois, um carro. Gosta de pregar com palavras simples. Durante o Ramadã, trabalha de manhã cedo e depois vai para a mesquita orar com dezenas de fiéis.
O Islã defende a ciência, mas é contra ato ilícito, superstição, ignorância e violência, disse ele, acrescentando que a exigência básica do jejum e orações durante o Ramadã vem da autorreflexão.
O Eid al-Fitr, festival que marca o fim do mês santo islâmico do Ramadã, será no sábado.
"Com melhores condições de vida, as pessoas preparam melhores comidas e vestem roupas bonitas para o evento. A atmosfera é cada vez mais festiva", afirmou Yang.