Segunda-feira foi o Dia Nacional do Pavilhão da China na exposição mundial de Milão. O hasteamento da bandeira e uma cerimônia com a delegação da China e autoridades locais deram início a uma série de atividades e conferências sobre o país asiático em vários lugares da feira e da cidade italiana.

Na cerimônia, o vice-primeiro-ministro chinês Wang Yang, de visita a Milão, fez votos de que as relações sino-italianas aumentem por meio da Expo Milão 2015.

Wang afirmou que os dois países têm uma amizade tradicional desde que a Rota da Seda os ligava há mais de 2 mil anos e lembrou que 2015 marca o 45º aniversário dos laços diplomáticos bilaterais.

O vice-premiê espera que os dois lados façam uso da plataforma da Expo Milão para consolidar a amizade entre as pessoas, aprofundar a cooperação, promover a associação bilateral e dar vigor à cooperação ao longo da Rota da Seda.

A ministra da Educação, Universidades e Pesquisa da Itália, Stefania Gianmini, enfatizou que o Dia Nacional do Pavilhão da China na Expo Milão é "uma grande oportunidade para renovar o velho e moderno encontro entre China e Itália".

Ambas têm uma antiga amizade e relações que nenhum outro país ocidental pode presumir, acrescentou. "No entanto, a Itália quer aprofundar ainda mais a colaboração com a China nos âmbitos cultural, científico e tecnológico."

Para conseguir esse resultado, Giannini deseja mais intercâmbios bilaterais em nível de educação e pesquisa. "Todos sabemos que as inovações surgem de ideias e que as ideias provêm do talento dos jovens que dedicam a vida à renovação do pensamento científico para a humanidade."

Mais de 100 representantes de ambos os países discutiram as tecnologias da inovação e a gestão do setor agrobiológico no Fórum de Inovação Tecnológica Itália-China, promovido pelo Ministério da Ciência e Tecnologia da China e pelo Ministério da Educação da Itália.

O dia também esteve cheio de atividades culturais. Uma exposição de fotografias no pavilhão celebrou o 45º aniversário das relações sino-italianas neste ano. Outra mostra no mesmo lugar exalta a beleza da zona rural chinesa.

Os espetáculos e apresentações atualizados de forma constante são uma das razões da popularidade do Pavilhão da China, um dos mais movimentados da Expo Milão ao receber mais de 500 mil visitantes desde a abertura da feira, em 1º de maio.

Dança chinesa, Ópera de Pekin, solistas de violino, acrobacia, demostrações de taichi e concerto de piano animaram o local em vários momentos do dia. Uma divertida partida de futebol entre jovens campeões da Itália e China também se realizou no lugar da exposição transformado em um estádio para a ocasião.

"Percebo um crescente interesse na Itália pela China quanto aos aspectos empresariais, mas também uma fascinação cultural pelo país", disse à Xinhua o presidente da Câmara de Comércio Itália-China, com sede em Milão, Pier Luigi Streparava, pouco após assistir ao concerto de um pianista chinês.

"Estive na China pela primeira vez em 1980, e a vez mais recente foi no mês passado. Posso dizer que os enormes passos que ela está dando merecem uma grande reflexão."

"A China está se transformando em uma das maiores potências do mundo, e a vontade de ter um papel ativo nos assuntos mundiais marca a atitude responsável e inteligente dela", acrescentou.