Os leitores norte-americanos mostram um crescente interesse em livros da China e sobre o país asiático, conforme editoras que participaram da Feira de Livros dos EUA (BEA, na sigla em inglês) de 2015.
"Já assinamos mais de 200 acordos de direitos autorais, que é o nosso nível mais alto de sempre", afirmou Zhu Lingyun, vice-diretor do Departamento de Publicação do Grupo de Publicação do Século de Shanghai, da China, no encerramento da Feira, que foi realizada entre os dias 27 e 29 de maio em Nova York.
O número total da venda de direitos autorais de editoras chinesas durante a BEA alcançou 1.328 segundo os dados oficiais.
"Com o impressionante crescimento da economia chinesa e o estreitamento dos intercâmbios culturais entre os dois países, os leitores dos EUA passaram a ter maior desejo de conhecer a China do que antes", acrescentou Zhu.
O gerente do Departamento do Comércio Internacional da Empresa de Publicação e Mídia de Fênix da província de Jiangsu da China, Liu Qinqiu, compartilhou uma opinião semelhante à de Zhu. Liu disse que a Fênix selou mais de 50 acordos de direitos autorais durante a Feira.
"Além de livros sobre a cultura tradicional chinesa, os para infantes editorados na China também foram bem aceites por leitores norte-americanos", afirmou Liu.
As editoras atribuíram o salto de livros infantis da China no mercado dos EUA a dois motivos principais. Um é o aumento global da demanda por esse tipo de publicações e o outro é a expansão do número de chineses que moram nos EUA.
A Empresa de Publicação de Tuttle, editora e vendedora norte-americana de livros sobre a cultura, idiomas e história da Ásia, é uma das editoras do mundo que têm promovendo a venda de livros que focam a China nos últimos anos.
"Entre os 1.500 títulos que firmamos durante a Feira, cerca de 250 são sobre a China", apresentou Steve Jadick, gerente de vendas e direitos da companhia.
Ele destacou que a China já se tornou uma potência tão grande do mundo que todas as pessoas são interessadas no que o país vai dizer no próximo.
Segundo as editoras, o desenvolvimento econômico e científico da China emergiu como os principais tópicos que atraem os leitores norte-americanos nos últimos anos.
"As histórias acerca de empresas vitoriosas chinesas em tecnologia, tais como Tencent, Alibaba e Xiaomi, fascinam os leitos nos EUA", assinalou Stephen Horowitz, editor-chefe do Grupo Real de Publicação de Collins, editora canadense com distribuidores em 180 países.
"Os fundadores dessas empresas lembram os norte-americanos das pessoas como Steve Jobs e Bill Gates. Eles gostam de ler tais histórias", disse Horowitz.