No dia 19 de maio de 2014, Zhou Jiani, voluntária da Universidade Normal de Hainan, saiu da sua terra natal para a Tailânida, juntamente com os outros colegas. Chegando à Escola de Putishan, situada em Bangkok, capital do país, vários estudantes do terceiro ano do estudo secundário cumprimentaram Zhou Jiani com namastê, ou seja, a forma tailandesa, o que foi inesquecível para ela.
"O primeiro dia em que cheguei à Tailândia, o reitor da escola me apresentou aos estudantes, eles ajoelharam no chão e me saudaram com namastê. A minha primeira impressão foi que as relações entre os professores e alunos são bem próximas. E os estudantes respeitam os professores. Eles são bons amigos."
Zhou tinha 20 aulas de mandarim por semana, ensiná-los era um grande desafio. Diferentemente com a seriedade dos estudantes do ensino secundário, os estudantes do ensino básico sempre se moviam livremente na sala de aula. E parece que eles tinham muita energia para conversar. Gradualmente, Zhou aprendeu como ensinar de forma flexível e divertida os estudantes e soube cultivar o interesse deles no mandarim.
"Embora meus estudantes falem mal o mandarim, eles conseguiam falar 'desculpe por meu atraso'. Porque se alguém se atrasar, tem que falar esta frase e apenas depois pode entrar. Sempre ensinei com flexilidade e quis brincar com eles. Entretanto, precisava procurar mais oportunidades para deixá-los mais interessados em aprender chinês."
Yan Hai, professor voluntário da Universidade Normal de Hainan, trabalhava na Escola Secundária de Shiwenya, na Tailândia. Seus estudantes eram muito ativos, o que era um desafio para ele. Devido ao ensino tailandês que não era muito rígido, os alunos sempre se atrasavam para a aula. Uma vez, houve apenas dois estudantes compareceram a minha aula. Eles eram desobedientes dentro da sala, mas ficavam comportados fora dela.
"Há uma frase que se popularizou entre os voluntários, os estudantes tailandeses são anjos fora da escola, porém se tornam diabinhos na hora da aula. Por exemplo, um estudante não gostava de estudar e era desobediente, mas ele tinha respeito por mim e sempre me cumprimentava com namastê."
Para estimular o interesse dos estudantes tailandeses no mandarim, todos os voluntários esforçavam-se para procurar novos métodos. No tempo livre, Zhou Jiani dava nomes aos seus alunos.
"A longo prazo, é provável que meus estudantes aprendam mandarim ou conheçam amigos chineses. Espero dar nomes a eles e depois os contar o significado. Isso ajuda a popularizar a cultura do nome chinês."
Na Tailândia, a nota dos principais cursos dos estudantes não é o critério para mediar o seu comportamento. Os professores lá empenham-se para explorar o passatempo e talentos deles. A professora voluntária, Yan Xiuying, sentiu-se surpresa sobre os talentos dos seus estudantes.
"Já os ensinei como fazer o pão chinês e o guioza, e ainda o crepe de abóbora. Os estudantes tinham muito interesse e curiosidade sobre guioza chinês. É difícil para eles aprenderem como preparar esse prato, portanto, gravei um vídeo."
Para matar as saudades da sua terra natal, Yan Xiuying sempre cozinhava comida chinesa para os colegas. Ela conta-nos que os professores e colegas tailandeses eram muito bons com ela, o que a trazia o sentimento de família.
"Os professores tailandeses me consideraram como o membro da família. Fiquei na Tailândia 10 meses, embora tenha ficado longe dos meus familiares, penso que tenho agora outra família nesse país. Todos eles são sinceros e simpáticos. Tenho muito amor pela Tailândia."
Lembrando-se dos dez meses de trabalho na Tailândia, Yan Hai disse que esse período foi de muito crescimento e emoções.
"Sinto que a minha maior mudança, foi amadurecer. Se não viesse para a Tailândia, seria apenas um estudante. Caso não tivesse essa oportunidade, estaria procurando emprego nesse momento. Essa experiência foi muito importante para a minha vida. Durante a minha estadia na Tailânida, aprendi o agradecimento e a responsabilidade, o que vai ser fundamental para o meu futuro."