O famoso escritor chinês fez estes comentários em uma entrevista publicada na quinta-feira no site da Comissão Central de Inspeção Disciplinar do Partido Comunista da China (PCC).
O romance trata de pessoas, porque "o poder, o dinheiro e outras tentações são provas para todos" e "pedras de toque de cada alma", disse.
Mo assinalou que o livro pode ter um efeito "penetrante e profundo", porque porá as pessoas sob o microscópio da moral e leis. Acrescentou que os problemas da China não devem ser evitados na obra dele.
Ainda não começou a escrever, mas indicou que espera produzir uma obra profunda e satisfatória e apontou que pode ser um romance ou uma peça de teatro.
O escritor, de 59 anos, criticou duramente a corrupção e a burocracia nos romances "As baladas do alho" e "A república do vinho".
Mo ganhou o Prêmio Nobel de Literatura em 2012 por suas obras, que "fundem realismo alucinatório com contos populares, a história e o contemporâneo", de acordo com a Academia Sueca.