A Ópera de Pequim, ou Jingju em chinês, tesouro da cultura chinesa, de fato não é igual à ópera ou balé do Ocidente, independentemente por quais inovações tenha passado, disse Mei Baojiu, filho e herdeiro da estrela consagrada da arte, Mei Lanfang (1894-1961).
Mas o Mei filho não é contra a inovação. A peça teatral que ele dirigiu está sendo apresentada no 7º festival de arte Jingju no Município de Tianjin (norte) e emprega tecnologias modernas como imagem virtual 3D, som estéreo e LED, enquanto se mantém o estilo de canto de seu pai.
O Mei júnior acredita que a tecnologia de ponta ajude a tornar as apresentações de Jingju mais fantásticas e modernas.
"Todos os métodos de inovação, porém, devem ser usados para servir ao conteúdo, não se sobrepor a ele", explicou.
Jingju, com uma história de mais de 200 anos, é uma síntese de música, dança e acrobacia e amplamente considerada uma expressão simbólica da cultura chinesa. Muitos eventos históricos foram redigidos em peças de Jingju, que no passado eram importantes livros escolares sobre princípios da história e ética.
Devido ao seu modelo de performance relativamente obsoleto e ritmo baixo, a ópera agora está perdendo público, especialmente entre os jovens, o que põe em perigo o tesouro nacional.
Artistas como Mei estão fazendo esforços para treinar herdeiros e promover a arte tanto no país como no exterior. Para celebrar o 120º aniverário do nascimento de Mei Lanfang, o filho e o Teatro de Ópera de Pequim, em Beijing, organizaram uma turnê de apresentação pelo mundo de 2013 a 2014.
"A maior diferença entre o teatro chinês e o teatro e ópera ocidentais é exatamente a convencionalidade", disse Mei durante uma palestra realizada na sede da Organização das Nações Unidas em agosto, acrescentando que as características da Jingju incluem fluidez, flexibilidade e convencionalidade.
"A raiz da Jingju nunca deve ser mudada", declarou Mei.
por Xinhua