Em uma sala de aula com desenhos que fazem referência a contos folclóricos, juntamente com caracteres chineses, nos EUA, mais de dez crianças estão interpretando canções populares em mandarim, tais como Pai, Aonde Nós Vamos e Estrelas no Céu.
Anna, de sete anos, já aprende o chinês há dois anos na Sala de Aula "Confúcio" da Escola Pública de Yuying, de Washington. A escola foi fundada em 2008 e tem como objetivo inspirar e preparar as crianças para se desafiar num ambiente educativo real de mandarim. O desenvolvimento estável e os êxitos notáveis da escola no modelo de imersão no mandarim atrairam ampla atenção.
Da segunda à sexta feira, Anna estuda o chinês ali por duas horas diariamente. Ela aprende a escrever os caracteres, participa de jogos e recita artigos antigos chineses. Durante as aulas, os alunos estão sempre excitados e têm muita vontade de falar e ensinar a visitantes, palavras chinesas. Falando o mandarim fluentemente, a menina disse que nunca havia estado na China, mas iria visitar o país no futuro próximo.
Na opinião da mãe da Anna, foi melhor começar a aprender o mandarim o mais cedo possível, porque ela iria se comunicar com chineses defenitivamente no futuro. "Tenho de gastar mais dinheiro nisso, mas vale a pena porque minha filha pode adquirir uma habilidade muito útil para toda a vida."
A primeira dama norte-americana, Michelle Obama, visitou recentemente a escola Yuying. Na visita, Obama disse às crianças que é de suma importância para os estudantes norte-americanos imergir-se em línguas e culturas estrangeiras em escolas como Yuying, se eles realmente quiserem aprender mais sobre outros países.
O professor da escola, Yu Zaohe, afirmou que os cursos podem ajudar os alunos a melhorar a fluência ao falar mandarim e, como consequência, ter maior habilidade para entender a cultura chinesa.
A escola Yuying tem se expandindo nos últimos anos devido à forte demanda no pais. "A maioria dos pais mora em bairros próximos e muitos deles têm interesse na cultura chinesa, estudaram no exterior, possuem alguns amigos chineses, ou até falam um pouco chinês. Por isso, eles prestaram mais atenção à aprendizagem do mandarim", disse Yu.
O professor lembrou que nunca poderia imaginar a paixão de pais norte-americanos pelo estudo de chinês e, agora, já está ciente de que o chinês é muito bem-vindo na escola e que seu trabalho tem muito significado.
De acordo com Yu, cerca de mil estudantes solicitam estudar na Sala de Aula de Confúcio da escola Yuying todos os semestres, mas a sala tem apenas 30 lugares.