Cerca de 400 profissionais da área de tradução e intercâmbios culturais, que trabalham com línguas estrangeiras, se reuníram no evento para discutir os problemas e meios para elevar o nível deste trabalho critico no país.
"Se você comparar o poder econômico da China com sua influência cultural, será muito díspare", disse o secretário-geral da Associação de Tradutores da China, Wang Gangyi. Ele acrescentou que a maioria das publicações sobre a China no exterior desde 2000 não veio do próprio país.
"Transmitir os significados originais do idioma chinês é muito importante", destacou o ex-embaixador chinês na Nova Zelândia e tradutor do Minsitério das Relações Exteriores da China, Chen Mingming. Ele apontou que a tradução deve ocorrer paralelamente ao tempo e dar atenção especial às expressões muito "achinezadas". Para o diplomata, a tradução de palavra por palavra nem sempre consegue transmitir as ideias exatas. Chen mencionou que os chineses usam muitos adjetivos para ornamentar os textos e, por isso, os enunciados podem conter muitos exageros, às vezes.
As traduções mal feitas foram melhorando, gradualmente, na China, porque os profissionais vêm reconhecendo os problemas nesta área.
Alguns participantes apresentaram outros meios para ajudar os leitores e a audiência a entender a cultura chinesa, ultrapassando a diferença linguística. Chen Chunge é um tradutor de legendas de telenovelas norte-americanas. Ele acha que é preciso usar os vernáculos mais familiares dos falantes nativos para expressar a ideia original. Já o tradutor e ex-vice-ministro da Cultura, Liu Deyou, considera que o país precisa de mestres de tradução que tenham conhecimentos profundos tanto sobre o idioma e a cultura chineses, quanto de línguas e culturas estrangeiras.