Paulo Seixas, mais conhecido pelo apelido de Gloye, é um grafiteiro de descendência chinesa no Rio de Janeiro. Ele tem 29 anos e já conta com uma experiência de 16 anos em grafite.
O grafite surgiu no Rio de Janeiro nos anos 90. Gloye, que ainda era um menino, foi atraído por este novo tipo de arte e começou a desenhar suas pinturas nas ruas.
"A gente pegava os sprays e pintava em qualquer lugar, deixando os próprios vestígios. Era como demarcar território. Quem fazia um grafite num lugar significava que aquela era sua área para pintar. No início, eu era como aqueles que fugiam imediatamente depois de fazer um grafite, sem cuidar se meu desenho era bonito. Fazia tudo de qualquer jeito, mas acho que não era uma boa maneira de expressão."
Depois de adquirir conhecimentos básicos sobre o grafite, Gloye seguiu alguns grafiteiros pioneiros do Rio e começou a possuir um entendimento mais profundo sobre a arte.
"Todos podem fazer grafites, que podem ser apresentados de qualquer forma. Por exemplo, as pinturas podem ser um slogan, uma publicidade, até uma manifestação, ou somente para expressar alguma informação. O grafite não é apenas uma maneira livre de pintura, mas também pode ser acompanhado por música e dança. É capaz de integrar todos a uma atmosfera alegre de festa."