No entanto, ele disse que deseja explorar realmente o espaço, se for possível, com a ajuda do governo chinês.
"Sei que nunca farei outro filme sobre o espaço. Levou muito tempo. Mas eu iria ao espaço assim que fosse convidado", disse Cuaron à Xinhua em uma entrevista exclusiva em Beijing, onde está promovendo o filme "Gravidade", que estreou nesta terça-feira na parte continental da China.
"Por isso, continuo apelando. Talvez as autoridades chinesas queiram me enviar ao espaço. Eu ficaria muito feliz em aceitar o convite, muito honrado", disse.
Uma estação espacial chinesa desempenhou um papel vital no filme. No entanto, quando Cuaron estava escrevendo o roteiro com seu filho cinco anos atrás, o primeiro módulo de laboratório espacial da China, o Tiangong-1, ainda não tinha sido lançado.
"Começamos a escrever o roteiro antes do início da loucura do Hollywood pelo mercado chinês. Tudo o que você vê no filme é algo do roteiro original", disse.
O diretor disse que adicionou a estação espacial chinesa ao roteiro porque queria garantir que o filme fosse de acordo com a tendência, já que ele acredita que a China está à frente da exploração espacial.
Na verdade, a estação espacial chinesa no filme ainda não está no espaço. O módulo de laboratório espacial Tiangong-1 foi lançado em setembro de 2011 e o país deve criar um laboratório espacial até 2016 e uma estação espacial tripulada até 2020.
"Nós adotamos alguns dos designs da estação chinesa programada para 2016. Nós não tomamos como
referência o módulo que está lá no momento. Nós queremos dar um exemplo sobre como ele parecerá num futuro muito próximo", explicou Cuaron.
"Gravidade" abriu o Festival Internacional do Cinema de Veneza neste ano, em agosto, faturando US$ 240 milhões na América do Norte e mais de US$ 500 milhões no mundo.
Por Xinhua