A edição deste ano inclui uma gama variada de espectáculos provenientes do Interior da China, Portugal, Reino Unido, França, Espanha, Holanda, Bélgica, Israel, Taiwan, Vietname e Singapura, que vão da dança contemporânea da ópera tradicional de Pequim, de espectáculos multimédia ao teatro de sombras chinesas, de mapping audiovisual a exposições de caligrafia e pintura tradicional chinesa. Há espectáculos para todos os gostos, não apenas nos palcos de artes performativas da cidade, mas também em muitos dos sítios do património mundial de Macau.
O FAM começa e termina com duas peças de dança contemporânea. Seca e Chuva, da conhecida encenadora e coreógrafa franco-vietnamita Ea Sola, inaugura a edição deste ano. Este ballet dá continuidade ao estudo que Sola há muito desenvolve sobre as memórias da guerra do Vietname, expressando preocupações humanistas profundas e desenvolvendo os conceitos de "privação" e "perdão". FAR, uma obra que desafia a anatomia do corpo humano, do premiado coreógrafo britânico Wayne McGregor, irá certamente encerrar o Festival de forma brilhante.
O Festival integra ainda outros destaques no seu vasto programa. Uma equipa de coreógrafos notáveis de Guangdong, Hong Kong e Macau colaboram em Cartas de Amor, uma produção que revela os resultados esplêndidos de uma frutuosa cooperação inter-regional. Han Yuniang, uma obra nova apresentada pelo Teatro Nacional de Ópera de Pequim, é protagonizada por Dong Yuanyuan, sucessora artística do lendário cantor de ópera de Pequim Mei Lanfang. Artistas locais que estudaram com membros da Comunidade Aberta Criativa Audiovisual Telenoika, de Espanha, criaram dois espectáculos audiovisuais intitulados Mapping: Fabricado em Macau I e II, concebidos especificamente para as fachadas da Casa do Mandarim e da Praça do Tap Seac. O coreógrafo e revolucionário da dança francês Xavier Le Roy combina a ciência com a imaginação para explorar as possibilidades infinitas do corpo humano em Auto-Inacabado.
O certame integra também exposições de arte. Técnicas em Extinção – Fotografia de Jean Baudrillard exibe a teoria e a prática únicas do pensador francês, que lhe permitiram demonstrar com uma câmara as suas várias formas de olhar e compreender o mundo. O Museu de Macau recebe a Exposição "Um Mundo de Fantasia – Chinoiserie", uma mostra de artefactos produzidos na Europa entre os séculos XVII e XVIII, inspirados numa admiração pela arte e filosofia chinesas importadas do oriente durante o Século das Luzes.
Por icm.gov.mo