A 29ª edição do Festival Internacional de Pipas foi realizada em abril na capital mundial de pipas, a cidade de Weifang, na província de Shandong.
No Campo Internacional de Voo de Weifang, onde se concentraram milhões de pessoas para soltar as suas pipas, encontramos a delegação brasileira, composta por três pessoas da mesma família: Ezequiel, o pai (um funcionário público e grande entusiasta da pipa que estava participando pela 6ª vez no evento), a sua esposa Ciléa, e a filha de ambos, Aldalis.
Ezequiel já participou em inúmeras competições de pipa, sendo um concorrente profissional. Ele tem um programa anual bem definido: em setembro vai até ao Chile, à Índia em janeiro e à China em abril. A sua esposa apoia, porque voar pipa tornou-se uma grande paixão para toda a família. Ciléa acompanha o marido em muitas destas competições.
Segundo Ciléa, o Ezequiel voa pipa todos os dias. Depois do trabalho lá segue ele. Nunca fica em casa, exceto nos dias de mau tempo ou quando está doente. Além de voar, ele também constrói suas pipas. Para esse festival, o Ezequiel trouxe três grandes pipas. Uma delas, em forma hexagonal, é composta pelo padrão da bandeira chinesa e brasileira, para mostrar as boas relações e a amizade profunda que existe entre os dois países.
O Festival encurta a distância entre o povo chinês e os povos estrangeiros. Ezequiel e os outros concorrentes encontram-se na competição devido ao amor à pipa, levando novas informações e as inovações deste esporte até diferentes países.
O Ezequiel confessou que embora tenha já participado inúmeras vezes no festival, o seu grande objetivo é divulgar a cultura da pipa do Brasil e representar de forma digna o seu país. As pipas da China e do Brasil são muito diferentes. As pipas chinesas são sempre muito elaboradas, com muitos padrões baseados na mitologia ou na fauna do país. Além disso, são muito pesadas. As pipas brasileiras, pelo contrário, são leves e simples, com padrões menos complexos. Soltar pipa na China é uma atividade um pouco difícil para um brasileiro, devido aos ventos mais fortes. Ezequiel escreveu um livro para mostrar as pipas tradicionais do Brasil. O grande entusiasmo dele acerca do assunto é muito comovente.
Repórter: Nina Niu
Revisão: Miguel Torres