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Movimento "Slow-Food" --- um novo estilo de vida
  2012-04-27 15:34:53  cri

Tendo surgido em Itália no ano de 1986, o movimento "slow-food" finalmente chegou à China. Os adeptos do "slow-food" defendem um estilo de vida caracterizado por uma atitude mais lenta no que toca à comida. Isto significa que a escolha dos alimentos, preparação da refeição e tempo gasto no ato de comer são atividades conduzidas com tempo. Esta ideia, tal como o nome indica, surge por oposição ao conceito de "fast-food". Mais do que uma mera alternativa às dietas convencionais, o "slow-food" chama a atenção para a forma "como" se come, por oposição ao que se come.

As pessoas têm o direito de saber as condições em que o alimento que estão a ingerir foi plantado e que métodos foram usados na sua confeção. A ideia original é de que tudo aquilo que comemos deve ser consumido na época certa e cozinhada através de metodos naturais.

20 anos após o seu surgimento, o conceito de "slow food" finalmente chegou à China. A nutricionista Alice Giusto é uma defensora da ideia em Beijing. Antes de trazer a "slow-food" para a capital, Alice fez uma intensa pesquisa sobre a cultura alimentar da cidade. Ela acredita que o "slow food" irá beneficiar a China.

"A ideia ganhou forma em dezembro do ano passado, em Shanghai. Visitamos diversas fazendas na China. No entanto, Beijing é uma cidade onde esse conceito faz particularmente sentido, uma vez que aí se consomem quase 30% dos produtos orgânicos do país, o que torna a cidade num dos maiores mercados do setor."

A nutricionista acredita que, uma vez que há cada vez mais pessoas que se preocupam com a sua dieta alimentar e que reconhecem a importância de seguir um estilo de vida saudável, o "slow-food" conseguirá um grande apoio na China e ajudará à sensibilização para a importância de uma boa nutrição.

Alice assinalou que é muito importante envolver a comunidade local neste movimento.

"É importante introduzir esta ideia de forma gradual na China e garantir que as comunidades locais estejam envolvidas. Assim, quando for altura dos estrangeiros regressarem aos seus países, a comunidade local continuará a estimular o crescimento do movimento."

A situação alimentar está a melhorar na China, mas existem ainda diversos problemas. Por um lado, cada vez mais pessoas se preocupam com o que comem diariamente. Por outro, o "fast food" ainda tem grande expressividade na dieta alimentar dos chineses.

Zhang Xinying, proprietária da Fazenda Nong Fu em Beijing, afirma que, na realidade, a China possui uma rica cultura alimentar. No entanto, devido ao desequilíbrio provocado pelo rápido desenvolvimento econômico, muitas pessoas parecem ter esquecido os hábitos tradicionais da gastronomia chinesa. Ela espera que, através da ideia de slow food, haja cada vez mais pessoas na China a entender a importância dos alimentos orgânicos.

"Às vezes fico inquieta por ver tantas crianças familiarizadas apenas com o cheiro de "fast-food", sem contato com a comida cozinhada em casa, em família. Julgo que isso poderá causar muitos problemas sociais e familiares."

Para Zhang, os seres humanos e a natureza têm uma relação profunda. Quando as pessoas cozinham, a temperatura do seu corpo e o humor na altura da preparação afetam o sabor do prato. Ela é uma adepta da "slow-food" e espera que, a partir deste movimento, haja cada vez mais pessoas na China a despertar para as características dos alimentos e a desfrutar dos seus variados sabores.

O "slow food" não é apenas uma ideia abstrata. Podemos promover a mudança de hábitos das pessoas. Para que seja possível apreciar a beleza da natureza e aproveitar o que esta de melhor oferece, é simplesmente necessário desacelerar um pouco e curtir as coisas de forma mais vagarosa.

Tradução: Nina Niu

Revisão: Miguel Torres

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