Você está ouvindo o áudio ambiente da peça de teatro "Menge 13", que está em cartaz em Beijing. A obra fala de várias relações humanas da sociedade moderna, como o amor extraconjugal, solidão dos idosos, influência negativa que a falta de harmonia entre os pais pode provocar nos filhos, fenômenos desagradáveis da sociedade, revelando os questionamentos dos homens modernos sobre a liberdade e o amor. A obra é cheia de contradições profundas. A cruel realidade social e as dificuldades na vida das pessoas retratadas pela história comovem todos os espectadores. Hoje, vamos conhecer o diretor da peça, Lai Shengchuan.

Lai Shengchuan nasceu em 1954, em Washington, EUA. Em 1972, frequentou a faculdade de língua inglesa da Universidade Católica de Fu Jen, em Taiwan. Sua carreira artística começou no canto. Durante cinco anos, enquanto estudava na universidade, ele cantava e tocava um instrumento musical num restaurante na cidade de Taipei. Em 1978, Lai Shengchuan decidiu estudar artes cênicas na Universidade da Califórnia, em Berkeley. Essa decisão surpreendeu a todos porque, naquela época, Taiwan ainda era um "deserto teatral", poucas pessoas tinham o hábito de assistir a uma ópera ou a uma peça de teatro. No entanto, Lai Shengchuan acreditou que, justamente por isso, era uma boa oportunidade. Quando tinha 29 anos, ele voltou a Taiwan e produziu sua primeira obra, "Todos Nós Crescemos Desse Modo".

Lai tentou combinar o teatro com Xiangsheng, uma arte tradicional oral cômica, e alcançou grande sucesso. Outra obra criada por ele, "Naquela Noite, Nós Falamos Xiangsheng", conseguiu vender 100 cópias. A imprensa dizia: "Lai Shengchuan salvou o Xiangsheng em Taiwan."

De que maneira ele consegue atrair espectadores? A resposta de Lai Shengchuan é muito simples: "fazendo bom teatro."

"Acho que o mais importante é que a obra seja mesmo atraente. Desde a antiguidade até os dias de hoje, todos os artistas vêm se dedicando a fazer boas obras, estudando a sua forma e o seu conteúdo. Mas, para os espectadores, o padrão para avaliar um bom teatro é muito simples, isto é, ser atraente. Sempre respeito muito a sensação dos espectadores."

O teatro de Lai conta com riqueza de temas, amor, família, história, política, entre outros. E uma única obra pode se referir a várias questões sociais sensíveis. Pelos seus grandes êxitos, ele recebeu o título de "Estrela do Teatro Asiático".

No seu tempo livre, Lai Shengchuan tem vários hobbies, escrever livros, tocar instrumento musical, viajar e até cozinhar. Ele tem uma família feliz. Sua esposa já o acompanha há 34 anos, sendo uma excelente parceira tanto no trabalho como na vida pessoal. As duas filhas o tratam como amigo. Às vezes, as filhas representam papéis em suas peças. Falando da família, Lai acha que ele é uma pessoa de grande sorte.

"Casei há mais de 30 anos, mas ainda sinto minha vida muito nova todos os dias. Posso compartilhar muita coisa com minha esposa. Nesses últimos anos, ficamos separados muitas vezes por causa do trabalho. Mas todos os dias nós nos falamos por telefone. Acho que tenho muita sorte por levar uma vida tão feliz."