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Marcus Vinicius Alves, presidente da CBKW, visita a CRI
  2012-02-27 17:30:41  cri

CRIpor: Faça uma breve apresentação sobre a CBKW.

M: A CBKW (Confederação Brasileira de Kung Fu Wushu) foi fundada em 1992. Já vai completar 20 anos de existência neste ano. Hoje, conta com 24 federações filiadas, uma por estado, ou seja, faltam apenas três estados para a Confederação ter membros em todo o Brasil. Hoje, dos nossos filiados registrados, 5.000 são atletas, e quanto aos praticantes, o número aumenta muito para 50 a 60 mil em todo o país. E esse número vem aumentando em todo o ano.

CRIpor: Como é que o Kung Fu foi introduzido e desenvolvido no Brasil?

M: No Brasil, temos capoeira, que tem origem na África, e o jiu-jitsu, de origem japonesa. Acho que o Kung Fu foi o que mais atraiu no final da década 60, por causa do cinema. Através do cinema, acabou sendo bastante divulgado e difundido na década de 60. Um dos introdutores do Kung Fu no Brasil foi o grande mestre Chan Kowk Wai. Ele começou a ensinar essa arte marcial chinesa em 1960. E o Wushu já é bem desenvolvido no Brasil.

CRIpor: Para você, qual é o espírito do Kung Fu?

M: Acho que o mais importante é que o praticante de Kung Fu começa a praticar a disciplina, o Wude, um termo chinês que significa o código de ética. Ele começa a desenvolver algumas coisas muito importantes para o ser humano, como a boa conduta, ser uma pessoa disciplinada, preocupada com o próximo. Acho que ele se torna um ser humano mais íntegro. Por exemplo, o Tai Chi, que é uma modalidade de Wushu, faz o praticante ser uma pessoa mais equilibrada, que domina mais a sua emoção e se conhece melhor. Esse autoconhecimento, acho muito importante na evolução como ser humano.

CRIpor: A CBKW tem uma ligação estreita com a China, terra natal do Kung Fu?

M: Sim. Nós estamos com uma relação muito próxima da Chineses Wushu Association. Como o Kung Fu Wushu é o esporte nacional da China, ele tem o apoio do governo chinês. A China tem que ajudar muito o desenvolvimento do Wushu no Brasil. Isso já vem acontecendo. Por exemplo, no final de agosto de 2011, tivemos pela primeira vez a visita oficial de dois técnicos chineses no Brasil, um de Taolu e outro de Sanda. Eles ficaram por dois meses cuidando da preparação final da seleção brasileira, que foi para o campeonato mundial na Turquia no mês de outubro. Os técnicos chineses ministraram vários cursos de capacitação técnica em vários estados brasileiros. E além disso, eles, também junto comigo, participaram de várias reuniões com as autoridades de esporte. Isso tem alavancado cada vez mais o Wushu no Brasil.

CRIpor: A CBKW enviou atletas de Wushu para as Olimpíadas de Beijing 2008?

M: Sim. Em 2008, nós enviamos uma delegação com cinco integrantes, que incluiu dois dirigentes e três atletas, dois de Sanda e um de Taolu. O Brasil foi o único país das Américas que conseguiu conquistar uma medalha. Voltamos com a medalha de bronze. Foi uma medalha suada. O atleta chama-se Emerson Almeida. Ele conseguiu conquistar essa medalha de bronze. É um dos atletas que mais conseguiu conquistar medalhas para o nosso país.

CRIpor: Qual sua impressão sobre as competições de Wushu nas Olimpíadas de Beijing?

M: Foi uma competição de altíssimo nível técnico e organizacional. Fiquei impressionado, foi uma experiência muito importante para a minha vida. Aprendi muito nesse evento. Todo mundo viu que a China investiu muito e esse preparou muito bem. Posso falar que deu um show para o mundo e mostrou como é fazer um evento de grande porte.

CRIpor: Como é que a CBKW vai reforçar esse intercâmbio com a China no futuro?

M: Praticamente, todos os anos, a CBKW envia um grupo para a China para participar de competições. A partir do próximo ano, além de participar das competições, também vamos mandar grupos para a China para o turismo cultural, para passear, para aprender mandarim. Toda relação que tiver com a China nessa parte de incentivo cultural, para a gente é muito interessante. A gente quer incentivar e promover.

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