O novo teste de mandarim provocou debate entre a população, enquanto alguns especialistas duvidam de sua eficiência em aumentar a capacidade da língua entre chineses nativos.
A Autoridade Nacional de Exames de Educação, órgão subordinado ao Ministério da Educação, disse em agosto que o Teste de Proficiência em Chinês, que estreará após 3 anos de preparação, foi criado para promover o interesse e a capacidade do povo chinês em relação à língua nativa.
O teste avalia as capacidades de ouvir, falar, ler e escrever em seis níveis, enquanto oferece sugestões para que os examinandos melhorem seu mandarim.
O teste foi criado devido a preocupações com uma população cada vez menos interessada pela cultura e língua chinesas, pois mais e mais chineses frequentam aulas de inglês ao invés de aperfeiçoarem sua língua nativa. Uma melhor fluência em inglês significa um salário mais alto.
A preocupação comum é de que as gerações mais jovens vêm esquecendo um número maior de caracteres chineses, o que se deve ao uso mais frequente de computadores e celulares.
As escolas também informam que as redações dos estudantes mostram falta de criatividade, já que os exames chineses destacam conhecimentos formais e ignoram a escrita eficaz.
Apesar dos esforços governamentais, muitos especialistas disseram que para manter e promover as técnicas de nativos, um ambiente de estudo favorável é necessário, e um teste terá pouco efeito.
Xie Xiaoqing, professor da Universidade de Língua e Cultura de Beijing, afirmou que a escassez de habilidades da população com o idioma é resultado de métodos inadequados de ensino que afetaram a curiosidade das crianças.
Mesmo que os estudantes sejam obrigados a aprender a língua chinesa por 12 anos, da escola primária até o ensino médio, vários universitários não dominam a língua, de acordo com o ministério.
Em um teste patrocinado pelo Ministério de Educação para avaliar a capacidade da língua de alguns estudantes universitários de Beijing no ano passado, mais de 30% deles falharam.