Recentemente, o jovem pianista chinês, Li Yundi, prestigiado como o "príncipe do piano", executou um concerto ao público britânico no Festival Internacional de Edimburgo, no Reino Unido. Após a apresentação, ele concedeu uma entrevista exclusiva ao repórter da CRI.
No concerto solo, uma parte importante do festival, Li Yundi interpretou principalmente obras do grande músico polonês Frédéric Chopin, comovendo toda a plateia. Muitos espectadores que não conseguiram ingressos, assistiram de pé à apresentação de duas horas. Li Yundi ficou muito satisfeito com seu primeiro show em Edimburgo.
"Estou muito contente e em perfeita forma. Os espectadores estão cheios de entusiasmo, e eu, com uma dedicação completa de corpo e coração."
Nascido em 1982 na cidade de Chongqing, sudoeste da China, Li Yundi demonstrou talento musical já muito pequeno. Ao ser selecionado para a Academia Musical de Sichuan, ele ainda era estudante da escola secundária. Naquela altura, Yundi já tinha decidido seu objetivo profissional - ser um pianista. Com apenas um ano de estudos, Yundi Li venceu a Competição Internacional Stravinsky de Piano de Jovens, nos Estados Unidos.
Seu maior triunfo veio em outubro de 2000, quando obteve o primeiro lugar na Competição Internacional Chopin de Piano, em Varsóvia. Foi a primeira vez que o prêmio foi novamente concedido, após 15 anos. Ele também foi o primeiro chinês a ganhar essa honra em 70 anos de história da competição. Desde então, o nome de Li Yundi está estreitamente relacionado com a obra de Chopin. Para muitas pessoas, Li está seguindo os passos do artista consagrado. Mas este jovem pianista, chamado "Chopin do século 21", não concorda com essa avaliação.
"Não estou imitando qualquer outra pessoa. Sinto que a minha apresentação está em um estado mais confortável, pois a música é uma partilha com espectadores no seu estado verdadeiro, confortável e natural."
Na entrevista, Li Yundi disse que tem um planejamento de vida, porém não se importa de andar no caminho da arte, apesar de devagar, mas com passos firmes. Mas já aos quase trinta anos de idade, ele imaginava que se tornaria um mestre como Chopin?
"Não pensamos nisso. Acho que os músicos, inclusive os grandes compositores, têm sua própria vida e experiência extraordinária. E para mim, o planejamento de vida tem muitos detalhes, como a busca pela música, estudo das obras, pesquisa de técnicas, enfim, só preciso andar para frente."
Agora, Li Yundi está se dedicando a divulgar músicas clássicas da China para o mundo. Este ano, seu álbum "Piano Vermelho" será lançado e, ao mesmo tempo, ele ainda continuará seu processo criação. E qual é o motor que lhe dá energia de avançar sem parar?
"Acho que é a própria música. Quer dizer, a música deve mostrar a cultura que conheço e o meu estado de agora. Na minha opinião, a música é particular e independente. Cada intérprete apresenta um coisa diferenciada. E isso é que os espectadores vão apreciar e sentir. "
Durante toda a entrevista, as respostas de Li são simples e curtas, mas mostram o amor e persistência em música.
"Não pensamos muitas coisas, acho que só preciso mostrar o meu estado mais natural. Deveria ser muito simples. De fato, a concentração na música é um assunto fácil."