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Urtiin Duu – canção tradicional da etnia mongol
  2011-07-10 18:10:04  cri

A Urtiin Duu, ou canção longa,  foi coroada como obra-prima dos "patrimônios orais e imateriais da humanidade" pela Unesco (Organização das Nações para a Educação, a Ciência e a Cultura) em 2005.

A Urtiin Duu é uma das duas principais manifestações musicais mongóis, enquanto a outra é a canção curta, ou Bogino Duu, no dialeto da minoria étnica. Interpretada no idioma mongol, a Urtiin Duu representa um tipo de expressão ritual associada a celebrações e festivais importantes. Ela exerce um papel distinto e respeitado entre os mongóis e é apresentada em cerimônias de casamento, inauguração de novas casas, nascimento de crianças e outros eventos realizados em comunidades nômades da etnia. A Urtiin Duu também pode ser executada no Naadam, a festividade esportiva mais importante dos mongóis, com competições de luta, tiro de flecha e corrida de cavalo.

A Urtiin Duu é um canto lírico, caracterizado por um grande número de notas ornamentistas e falsetes, uma extensão vocal extremamente ampla e uma maneira livre de composição. A melodia ascendente é devagar e estável enquanto a melodia descendente é sempre interceptada por ritmos vivos. Apresentações e composições da Urtiin Duu são estreitamente relacionadas ao estilo de vida nômade dos pastores mongóis em suas pradarias ancestrais.

A Urtiin Duu tem poucos versos, mas melodias muito prolongadas. Às vezes, o verso conta com uma só nota muito longa. As canções são sempre apresentadas na companhia do "violino cabeça de cavalo", um instrumento de cordas folclórico. Os temas das canções sempre remetem à pradaria, cavalo, boi, ovelha, céu azul, nuvem branca, rio e lago. Elas relatam a natureza, o amor e a vida, que são afinidades íntimas dos mongóis.

Acredita-se que a Urtiin Duu se originou há dois mil anos e começou a ser registrada em obras literárias no século XIII. Uma variedade de estilos regionais foi preservada até hoje e as apresentações e composições contemporâneas continuam representando um papel crucial na vida social e cultural de pastores que moram na Mongólia e na Região Autônoma da Mongólia Interior, no norte da China.

Desde os anos 1950, a urbanização e industrialização rapidamente atropelaram a vida nômade, o que resultou na extinção de muitas práticas e expressões tradicionais. Partes das pradarias onde os pastores mongóis viviam forma vítimas da desertificação e numerosas famílias tiveram que se adaptar ao estilo sedentário de vida. Junto com o processo, muitos temas clássicos da Urtiin Duu, como o elogio de virtudes e experiências típicas dos mongóis, passaram a perder sua relevância.

Durante o passar do tempo, a etnia mongol criou uma civilização muito brilhante, sobretudo a cultura nômade. E a Urtiin Duu, que é uma das artes antigas mais ricas e preciosas dos mongóis, parece uma flor que nunca murcha. Pode-se dizer que onde houver pradaria e pastores, haverá a Urtiin Duu. É a música da pradaria, a música na garupa do cavalo. Ela representa os sentimentos e reflexões dos pastores mongóis no próprio idioma. Ao longo de milênios, os cantores mongóis passaram oralmente a Urtiin Duu para seus descendentes e esta expressão artística já tem uma maneira muito madura de interpretação.

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