Na Escola Primária Jiangbi, cidade de Yiwu, província chinesa de Zhejiang, a professora, Yang Shouxian, organizou uma discussão sobre a obra, convidando seus alunos a ler o romance junto com os pais. A professora disse: "Recomendei o livro a meus alunos e a seus pais. O amor e a firmeza do menino Zezé são o que as crianças de nossa época necessitam."
Xiao Keyang, um aluno do terceiro ano dessa escola, disse que Zezé, especialmente o episódio em que ele compra uma prenda para o pai, o emocionou muito. Falou a nossa reportagem: "Zezé é um menino bondoso e de coração puro, apesar de muitas pessoas não o verem com bons olhos. Uma vez, ele provocou, sem pensar, a fúria do pai e, para pedir desculpas, foi engraxar sapatos para comprar um presente para o pai. Por isso, acho que ele é um menino muito legal."
Muitos leitores-pais vêem em Zezé a sombra de seus próprios filhos e ficaram impressionados com a história entre Zezé e Portuga. "Algumas vezes, quando estamos de mau humor, costumamos dizer aos nossos menino: Saia da minha frente! Não me chateie! Lendo este romance, comecei a pensar nos sentimentos das crianças e que elas necessitam da ternura. Com amor e ternura, crescem feliz e saudavelmente."
Além da ingenuidade de Zezé, o romance mostra uma realidade cruel da vida do menino. Juntamente com a morte de Portuga, o mundo encantado se desmorona. Mas, Zezé, "menino crescido", continua guardando um mundo de fantasia por seu irmãozinho, com toda a ternura. O comentarista de literatura infanto-juvenil, Wang Quan´gen, considera que todas as crianças têm seus próprios sonhos. Apesar de estarem normalmente muito afastados da realidade, todos os sonhos têm seu valor e representam uma força significativa no crescimento das crianças. Ele disse: "A vida real é utilitarista. Como os pais entendem seus filhos e vice-versa? Esta é uma importante questão na comunicação entre pessoas de diferentes faixas etárias. O romance brasileiro nos deu inspirações proveitosas."
Zezé, um menino brasileiro, sente a ternura, retribui o amor a outros e transmite esse amor para os leitores chineses, tal como o primeiro-ministro chinês Wen Jiabao disse: "Sem amor, não haverá educação, nem a moral e nem nada."