Jinzhou, famosa culturalmente por sua história milenar, é também uma moderna cidade portuária. O responsável pelo centro de antiguidades, Sun Zhengyuan, nos contou:
"Antes de o centro ser construído, os vendedores colocavam seus produtos no chão e os vendiam ali, ao ar livre. Isso depreciava o valor das relíquias. Aí, a gente pensou em construir um prédio e transformar o comércio de antiguidades numa indústria cultural."
O centro de relíquias, além de ser um local para pessoas em busca de negócios, é visitado também por pessoas interessadas em conhecer melhor o segmento. Shi Qinghua, presidente da Associação de Antiguidades de Jinzhou, é um entusiasta da popularização dos conhecimentos básicos sobre relíquias.
"O surgimentos do mercado de relíquias na cidade de Jinzhou data da dinastia Qing. Tínhamos lojas de relíquias e uma rua que vendia exclusivamente jade. Por isso, é uma tradição. Desde pequeno, sou fascinado pelas relíquias porque meu avô por parte de mãe já era um colecionador de pinturas e móveis."
A experiência de Shi é compartilhada por muitas pessoas na cidade, como é o caso do comerciante Li. Segundo ele, o negócio de antiguidades da cidade prospera desde a década de 1980. Àquela altura, não havia uma entidade para organizar e administrar o mercado, por isso as pessoas se encontraram informalmente nos fins de semana para exibir e vender seus produtos. Foi assim que o local, hoje o centro de relíquias, exerceu influências importantes nos arredores.
Anos atrás, Sun Zhengyuan investiu mais de 10 milhões de yuans para erguer o centro comercial de antiguidades. Hoje, o movimento no local é diário, diferente do passado, quanto funcionava apenas aos sábados e domingos. O centro estimula ainda outras atividades culturais, como no caso do Festival e Exposição de Relíquias e leilões beneficentes. Shi Qinghua disse:
"A cidade de Jinzhou, embora pequena, tem 100 mil pessoas envolvidas no mercado de coleção. O setor, quando for maior, vai absorver mais mão-de-obra. Por exemplo, os hotéis de Jinzhou sempre ficam lotados durante os festivais."
Segundo ele, a primeira ideia que vem à cabeça daqueles que querem investir em relíquias é a dos benefícios econômicos. Mas o investimento exige muito profissionalismo.
"A gente tem que ter um olhar especial para distinguir os produtos. Isso exige muito conhecimento. Uma pessoa que se deixe fascinar pelo setor, ainda que não goste de ler, tem de fazê-lo, pesquisar nos livros. Por exemplo, eu gosto 10 mil yuans por ano na compra de livros."
Atualmente, o mercado funciona como uma espécie de cartão de visitas da cidade e foi reconhecido pelo governo como uma "referência da indústria cultural".